sexta-feira, dezembro 17, 2010

...

Vagamente fui amando, sentindo-te correr por entre as minhas veias. Nesta noite sei apenas do teu toque e procuro o teu corpo para além dos meus dedos... Mordo as tuas palavras lentamente, sabem a ti, sabem a nós... Porque o meu corpo só se diz corpo, quando está perto do teu, te envolve, te roça a alma e abraça como se o mundo se acabasse ali e nada mais me salvasse... Deito-te toda inteira, na margem deste cais que é o meu corpo aberto, à tua espera. Preciso que me desejes depois do amor, de me teres arrancado tremores e suspiros, de me teres assinado na vida, a tinta permanente.

frio...

É o tempo dele. Faz frio lá fora. Assenta-me bem uma manta nestas noites. Este calor que se fabrica dentro de casa é-me agradável. Chegam familiares e amigos. Fala-se, conversa-se, tagarela-se... põe-se a conversa em dia. Há sorrisos nos olhares.

Já faz tempo que não era Natal!

Aproveitem e Feliz Natal

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, dezembro 07, 2010

caminhar...

É inevitável. É um tempo em que somos levados a fazer balanços. Mas paremos um pouco e pense-se. Qual será o seu real valor e interesse? Inevitavelmente vamo-nos lembrar de acontecimentos menos bons. Será isso importante? Já chega o que passamos nessas alturas. Olhemos em frente, que o caminho é mesmo por aí.

A partir de certa altura a inclinação da estrada é maior, contudo é obrigatório prosseguir na caminhada. É sempre lá acima que queremos chegar. Como autómatos continuamos, forçando uma perna atrás da outra e dizendo sempre..."já faltou mais que o que falta!!"

Já falta pouco para um novo ano, uma nova esperança...

É tempo de se ser feliz :)

Beijos e/ou Abraços...

terça-feira, novembro 02, 2010

Regresso ao blog no dia de finados.

Regresso ao blog no dia de finados. O dia que supostamente as pessoas deveria ir ao cemitério prestar uma homenagem aos seus entes queridos já falecidos. No entanto, por imperativo de calendário, costumamente é no dia 1 – Dia de Todos os Santos que se assiste às enchentes nos cemitérios.

Ontem passei o dia à porta de um cemitério (em campanha financeira para os escuteiros). Como bom observador que me considero, consegui detestar alguns grupos de pessoas que ontem resolveram prestar homenagem aos seus mortos. Então aqui ficam as minhas conclusões:

1- Os falsos - raramente vão ao cemitério, no entanto, no dia 1, não se esquecem do fazer. Visitam com ar triste e semblante carregado, não falam muito. Tentam demonstrar uma dor que já não sentem, se é que alguma vez a sentiram.

2- Os turistas – visitam por visitar, não têm nada contra o local, nem conheciam alguns dos mortos, aproveitaram o feriado e vieram ver a família, e vão com eles ao cemitério como fosse ao café.

3 – Os conscientes – visitam muitas vezes o cemitério, sentem a saudade dos seus entes queridos, vivem bem com a dor e a perda. Vão, rezam, colocam flores, uma vela, conversam com um ou outro conhecido e saem.

4- Os cuscos – estes apenas vão para poder ter assunto para o resto da semana. Visitam várias campas, anotam quem visitou o quê, quem colocou flores ou não... querem é conversa e poder falar mal dos vivos, normalmente morrem de medo dos mortos.

5- Os cool´s – Não ligam muito à morte, não verbalizam os seus sentidos, mas vão por arrastão de outro familiar ou amigo, respeitam, entram, estão um bocado e saem.

6- Os doridos – estes são aqueles em que ainda não fizeram o luto, vão e ficam, voltam, entram tristes, saem a chorar, normalmente não colocam velas, apenas flores e lágrimas.

Com este pequeno agrupamento de pessoas, não tenciono fazer qualquer critica a ninguém em especial, apenas analisar o que os meus olhos vêm e colocar tal visão em palavras.

Acabo com as palavras de José Saramgo:

"é difícil a um vivo entender os mortos, Julgo que não será menos difícil a um morto entender os vivos, O morto tem a vantagem de já ter sido vivo, conhece todas as coisas deste mundo e desse mundo, mas os vivos são incapazes de aprender a coisa fundamental e tirar proveito dela, Qual, Que se morre, Nós, vivos, sabemos que morreremos, Não sabem, ninguém sabe, como eu também não sabia quando vivi, nós sabemos, isso sim, é que os outros morrem."

Beijos e Abraços,sejam felizes...

terça-feira, setembro 28, 2010

É o que dá não conseguir dormir e começar a pensar em coisas

Tenho estado por aqui a pensar e acho que nada disto faz sentido. Enfim, nascemos, vivemos e morremos, e lá para o meio dormimos e acordamos e coisas; e as árvores lá porque nos são importantes para o oxigénio não são importantes, porque um dia deixarão de existir, como nós, e assumir uma coisa como importante só por ser do nosso agrado é bastante interesseiro. Ai jóia, o mundo pode acabar amanhã e eu ainda não fiz amor contigo. Primeiro, isso é estúpido, porque o mundo pode acabar já aqui e agora se fores atropelado, castrado, cortado em pedaços e, Segundo, não se diz o amor, diz-se sexo, como também é muito bonito dizer pénis e vagina em vez de pilinha e pipi. E lá porque há gente a morrer à fome, a passar frio à noite, a ser violada, eu não vou deixar de comer, de dormir tranquilamente e de ter relações; preocupar-me-ei Q.B., mas opinarei sempre que o discurso do ai tens dinheiro e esbanjas em festas de anos dos teus filhos enquanto outros vivem miseráveis é ridículo: se existe qualidade de vida, há que viver com qualidade.



Lá porque a vizinha do lado tem um furúnculo no cu e não se consegue sentar, eu não irei passar a viver o resto da minha vida em pé. Por isso deixem-se 'merdices', e não se metam na minha vida, nem sejam como a Merd'ith Grey que anda sempre a opinar na vida dos outros.

Este texto foi retirado do blog do Otário... coloquei aqui, porque subscrevo totalmente... :) :) lindo mm :)

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, setembro 08, 2010

hoje...

Existem palavras que não pertencem a ninguém, são de toda as pessoas, estas retirei do blog da minha ex-professora de Sociologia, são palavras belas e um reflexo daquilo que vivo... às vezes!!!



"Parecia ser seu destino deixar sempre para trás aqueles que amava. Era o preço a pagar pela vida estranha que tinha escolhido, mas ela sabia o que fazia, pelo que não valia a pena lamentar-se"



Beijos e sejam felizes...

terça-feira, setembro 07, 2010

os outros

Passamos a vida a falar dos outros. A ver os defeitos dos outros, a ver o que os outros nos fazem, a receber o que os outros nos dão, a criticar, analisar, avaliar o que recebemos, os que sofremos, como somos influenciados, ou como somos afectados.

Mas não olhamos para nós.

Não olhamos para ver o que fazemos aos outros, o que damos aos outros, não analisamos, criticamos, avaliamos o que damos, o que infligimos, como influenciamos ou afectamos.

Acima de tudo não nos questionamos.

Não perguntamos que vai aquela pessoa sofrer/pensar/sentir se fizermos isto ou aquilo.

A maior parte do tempo descartamo-nos de responsabilidades, porque é fácil dizer e pensar que se ele não gosta, que diga, porque eu não vou saber.

Mas não estamos preparados para ouvir "não quero", "não dou", "não faço".

A nossa educação permite-nos pressionar os outros para fazerem o que queremos, mas não nos permite a nós dizer que não.

Somos rotulados como egoístas, insensíveis, porque nos queremos preservar, em vez de estarmos lá, porque os outros precisam.

Não sabemos ver. Não percebemos. Impomos-nos aos outros muitas vezes sem nos darmos conta, porque nem sequer nos passa pela ideia que nos estamos a impor... mas sabemos ver quando os outros o fazem.

No mínimo isto é apenas natural, pois nós somos a pessoa mais importante. mas não nos fazia mal olharmos mais para nós e vermos como somos com os outros... para percebermos o direito que temos, ou não, de receber, criticar, avaliar, analisar, sofrer, ser influenciado ou afectado.

Só custa inverter toda essa crítica para nós próprios.

Vou tentar inverter :)

Nota: texto retirado do blog de Gracinha Damasco

Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, agosto 20, 2010

Hoje venho falar um pouco mais de mim.

Tenho sentido, à já muito tempo, que a vida esta a tentar ensinar-me algo e sobre isso apenas sei duas coisa:

Primeiro é uma das mais importantes aprendizagens que tenho para fazer, sinto que depois disto a minha aprendizagem da vida se tornará muito mais simples e constante.

E segundo, esta relacionado com o amor!

Mas por mais que tente não esta a ser fácil decifrar os sinais que a vida me está a dar, a conclusão mais sustentável a que cheguei é que o amor não é pra mim, não é suposto apaixonar-me nem amar e ser feliz para sempre, e talvez seja por isso que esta a custar-me tanto aprender, é que amor tenho muito para dar, talvez seja este um amor para dar de forma diferente, talvez tenha mesmo nascido apenas para ser um amigo, porque nesse campo, acho que tenho conseguido corresponder, com alguns erros por falta de maior evolução, mas julgo estar no bom caminho.

Um dos grandes sinais que tenho sentido para esta minha aprendizagem é a dificuldade que tenho em deixar seguir, das relações que tive, por mais que consegui-se transformar o que foi uma relação numa amizade, custa ver o "seguir em frente" e até mesmo nas amizades custa-me saber que a minha passagem na vida de uma pessoa terminou… custa-me libertar depois da "missão" cumprida. talvez seja isto que tenho de aprender.

Bem vou continuar a tentar resolver este enigma que a vida me colocou.

Beijos e sejam felizes....

E para quem está de férias... Boas Férias :)

quarta-feira, julho 28, 2010

bom dia :)

"Estranhos não são as pessoas que não se conhecem: estranhos são aqueles que, estando ao pé de nós, parecem nunca perceber o que se passa connosco."

Tenham um bom dia e aproveitam este calor excessivo :)

Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, julho 23, 2010

esclarecimento :)

Quando alguém me procura e se for do meu agrado, sabem exactamente aquilo que procuram, sabem o que querem e sabem o que vão encontrar.

Eu não estou disponível para nenhuma relação.

Espero ter sido claro.



Beijos e sejam felizes...

quinta-feira, julho 22, 2010

livre :)

Afinal o meu amor não era eterno. Era um amor banal que encontrei escrito em excertos, em centenas de blogs, transcritos por centenas de pessoas que acham que amaram demais.

Acabaram as noites a imaginar se serias capaz de abraçar ternamente, as noites em que te imaginava a dizer " eu também te amo ".

Também a mim me serviu como uma luva um excerto. Talvez um livro inteiro, que hei-de ler. Um daqueles livros de uma autora que ninguém gosta mas conseguiu banalmente traduzir em palavras o tal amor banal de milhares de pessoas.


Finalmente chegou o dia em que te esqueci.



" Amar sem esperar reciprocidade é uma doença silenciosa e traiçoeira como o cancro;quando damos por isso,o mal causado já se espalhou de tal forma que não é possível escapar.Eu escapei.Escapei ao fim de...longos anos de calvário auto-infligido...tu foste a minha última miragem,o derradeiro de todos os cavaleiros andantes,porventura o mais belo,construido pela minha paixão obstinada em perseguir um ideal,e seguramente o mais fraco quando,por fim,te consegui ver sem ser em cima do cavalo....Estes e outros raciocínios do mesmo tipo denotam uma índole insegura e profundamente egoísta.Nunca sabes o que queres e vives tão perdido nas tuas dúvidas que nem sequer consegues perceber o mal que podes inflingir aos outros.Faltam-te generosidade e empatia,bem como aquela qualidade tão rara quanto digna a que os ingleses chamam kindness....Só Deus sabe o caminho que percorri e quantas vezes tropecei para chegar até aqui.A tua natureza fugidia e arisca não é a tua primeira natureza,antes uma reacção à realidade que te confrontaste.Nunca te habituaste a dar.
Quis tanto que tu me amasses...não se pode querer isso dos outros,é uma violência para eles e para nós própios.Uma violência e um disparate.Tu foste a minha grande aposta e a minha maior decepção. "

terça-feira, julho 20, 2010

saudade...

Saudade é solidão acompanhada...
é quando o amor ainda não foi embora...
mas o amado já...

Saudade é amar um passado
que ainda não passou...
é recusar um presente que nos machuca...
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam...
é a dor dos que ficaram pra trás...
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade...
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

sem nada para dizer...

Pois é, já há algum tempo que não venho para estes lados...O que poderei dizer? Ando feliz e ocupado para poder vir aqui de vez em quando...É que eu sou daquelas pessoas a quem só lhe vem mais inspiração quando está em baixo. Mas, vamos a ver, se mesmo assim eu venho dar uma pequena contribuição de vez em quando... pode ser?

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, junho 15, 2010

parabéns... mãe!!!

Pois é, hoje a minha mãe faz 50 anos de vida!

Somos um pouco diferentes:
gostos diferentes;
formas de pensar diferentes;
formas de encarar a vida diferentes;
atitudes perante certas situações que são diferentes;

Sempre fomos assim, bem distintos, e por isso é normal que às vezes surgem algumas discussões e amuos lol

Apesar de tudo isto há uma coisa que nos une, sempre uniu e nos unirá para sempre que é o AMOR incondicional que sentimos um pelo o outro. E é porque ele existe que sempre esquecemos os nossos desentendimentos, e respeitamo-nos. E mesmo tendo ideias diferentes e agindo de formas diferentes perante a vida, estamos sempre presente na vida um do outro, nas alegrias e nas tristezas, para “ralhar” mas também para amparar. E mesmo que as vezes possas duvidar, és a melhor mãe e amiga do mundo.

Desejo te um dia fantástico. Espero festejar este dia contigo por muitos e muitos anos...

Amo-te, mãe... Parabéns... :)

passado... e viver o presente.

O que é, afinal, o passado? Uma continução do presente e do futuro? Um flashback? Porque pode não ser mais que simples recordações.

E se de recordações se tratam, porque se atrevem elas a atormentar o presente? Pior, porque nos atrevemos nós a permiti-lo?

É talvez a grande sina da humanidade e o aquilo que para sempre nos há-de perseguir. The past é provavelmente aquilo de que todos temos medo.

Eu sei que tenho. Não tanto do meu, que o conheço de trás para a frente e por todos os lados, mas o dos outros, daqueles que me são próximos e que me dizem algo.
Isto porque sempre temos tendência para ignorar o passado dos outros. E é sempre um choque quando sentimos o passado alheio intrometer-se no nosso presente. Porque somos limitados ao presente. Apenas nele acreditamos. Não existe futuro para quem não consegue encarar o passado.

E enquanto não conseguirmos aceitar que o passado faz parte do presente, não seremos capazes de o viver. Eu sei que quero.


Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, junho 11, 2010

quero ser único...

O que me faz continuar? Às vezes pergunto-me sobre o sentido da minha vida, sobre o meu propósito neste mundo. Que tenho eu para oferecer? Que qualidade extraordinária me distingue?

Não nasci para ser confundido. Não é essa a minha vocação. Mas não vejo em que área é que possa ser mais do que banal.

Por vezes aquele sentimento de arrogância consegue tomar conta de mim, e faz-me sentir especial, diferente. Mas não é mais do que isso, e o medo do comum volta a abalar-me, a criar em mim o falhanço terrível que não é mais que o não querer falhar.
É a triste sina dos que se safam em quase tudo. Não ser especial em nada... Por vezes preferia ser reconhecido apenas por uma qualidade, apenas uma que me conseguisse destacar do resto da manada.

Porque não quero ser só mais um. Quero ser único.

Tenham um bom fim-de-semana...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, junho 08, 2010

quero sempre o melhor...

Não é engraçado como todas as alturas boas, e quero dizer mesmo muito boas, parecem sonhos distantes na nossa memória? Sinto isso. Revejo os episódios que me marcaram e cada um deles não passa agora de um filme realizado pelo meu cérebro. Lembro-me de todas as cenas, mas por vezes um ou outro pormenor escapa e algumas das cenas deixam de fazer tanto sentido, tal como num sonho.

Tal como num sonho tudo nos parece distante, irreal. Quase como se não quiséssemos acreditar que aquilo que realmente vivemos e que tão importante foi para nós tenha acontecido. Porque se aconteceu, então foi real. E a realidade, ao contrário daquilo que aqueles momentos muito bons nos dizem, não é perfeita. Então o lado silogístico do nosso cérebro conclui por A + B que aquilo que existe na nossa memória, só existe dessa maneira, e tudo aquilo que sentimos não passa de um sonho.

Porque uma das grandes tragédias do ser humano é acreditar que não existe felicidade, que tal sentimento, de tão ridiculamente prefeito que é, só pode ser utópico e logicamente inexistente. Então levamo-nos automaticamente a acreditar que não temos nunca momentos de felicidade, apesar de nos lembrarmos deles.

O medo da perfeição é talvez o que nos torna imperfeitos. Apagamos então qualquer momento perfeito da nossa existência da memória só para nos sentirmos mais humanos.

Prefiro ser feliz.

Beijos e sejam felizes...

domingo, abril 18, 2010

é incrível... (voltei)

É incrível a quantidade de pessoas que andam e passam pela nossa vida sem que a gente lhes diga o quanto elas de facto significam para nós. É incrível a quantidade de tempo que passamos com as pessoas sem nunca lhes dizer o quanto gostamos delas.

Nós sabemos, e às vezes até o queremos dizer, porém, vamos adiando sempre a
revelação do quanto elas são importantes para nós. Deixamos para amanhã. Temos vergonha de expressar os nossos sinceros e mais profundos sentimentos em relação a alguém ou então, na correria do dia-a-dia, nem ligamos à importância que essas mesmas pessoas têm para nós. Acabamos por subvalorizá-las. E depois, e depois a fragilidade da vida dá sinais de si e vemo-nos sem essas mesmas pessoas, de uma forma momentânea ou eterna. Aí pensamos. Pensamos que poderíamos ter dito muito mais do que alguma vez dissemos, e de que poderíamos ter aproveitado muito mais daquilo que tivemos.

A vida passa tão rápido, e às vezes só é preciso querer para que ela pare um momento, um momento vital para que se prolongue na eternidade do nosso Eu.

Fica sempre tanto para dizer.
Eu ( ainda ) gosto de ti.


Até...

terça-feira, março 16, 2010

até mais não poder ser... Jorge Palma.

Bonito
eu só quero acordar e ver o mundo
abrir os olhos e ver alguém bonito
sorrindo até mais não poder ser

Contente
quero dar cambalhotas no ar e estar contente
fazer amor e gostar de toda a gente
contente até mais não poder ser

A erva é mais verde do outro lado da montanha
e as estrelas parecem mais brilhantes
nos arquipélagos do sul
há quem diga que a vida á mais facil para lá de Espanha
e há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul
há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul

No peito
eu só quero trazer o universo no peito
ir encontrar as palavras lá no peito
aberto até mais não poder ser

Mais tarde
eu prefiro deixar a amargura para mais tarde
fezer esperar a agonia até mais tarde
mais tarde até mais não poder ser

Mais tarde
eu prefiro deixar a amargura para mais tarde
fezer esperar a agonia até mais tarde
mais tarde até mais não poder ser

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, março 02, 2010

Um pensamento

“Recorda-te que és tu. És tu que deves viver a tua vida; e se queres chegar à felicidade deves ser tu a conquistá-la. Ninguém pode fazê-lo por ti”


Baden-Powell

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

sem comentários...




Reparem na palavra da camisola da criança tibetana: "HAPPY".

Amarga ironia...




Retirada do site: 1000imagens.net

terça-feira, fevereiro 23, 2010

foda.se


Hoje sinto uma raiva imensa de mim mesmo.


So faço merda...

Desculpa... não te quero mal...

Abraço apertado Bernardo...

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Desilusão e Desalento...


São 2 os sentimentos de hoje e dos últimos tempos; mas são quase sempre estes dois! Desilusão e Desalento! Desilusão porque as coisas não são como eu quero ou gostaria! Deveriam ser mais simples, menos complexas, de maior liberdade e mais sensações; mas tudo acontece ao mesmo tempo; já diz o velho ditado que "uma desgraça nunca vem só!"; custa-me a aceitar que para mim nada seja naturalmente fácil; não que eu complique, mas pura e simplesmente, sempre que o barco pode baixar as velas e preparar-se para navegar à bolina, as nuvens escuras povoam o crepúsculo e ameaçam fazer virar tudo! Começo a ficar enjoado deste navegar turbulento diário!

O Desalento vem ao encontro da desilusão; são aqueles momentos em que me sento de braços em baixo, e olhos fechados, à espera que tudo passe e que o dia seguinte acorde maravilhoso, com sol e aquela sensação de vigor que dá tranquilidade! Sensações, momentos, pequenos traços de uma vida por vezes desesperante, em que já pouca coisa faz sentido, não fosse a minha determinação e pragmatismo! O dia em que duvidar de mim próprio já não serei eu, mas sim alguém que me comeu...

Beijos e vamos ser felizes...

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

para...

"Para sonhar o que poucos ousaram sonhar.
Para realizar aquilo que já te disseram que não podia ser feito.
Para alcançar a estrela inalcançável.

Essa será a tua tarefa: alcançar essa estrela.
Sem quereres saber quão longe ela se encontra;
nem de quanta esperança necessitarás;
nem se poderás ser maior do que o teu medo.
Apenas nisso vale a pena gastares a tua vida.

Para carregar sobre os ombros o peso do mundo.
Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço.
Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.
Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.
Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar.
Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.

Para amar com pureza e castidade.
Para devolver à palavra "amigo" o seu sabor a vento e rocha.
Para ter muitos filhos nascidos também do teu corpo e - ou - muitos mais nascidos apenas do teu coração.
Para dar de novo todo o valor às palavras dos homens.
Para descobrir os caminhos que há no ventre da noite.
Para vencer o medo.

Não medirás as tuas forças.
O anjo do bem te levará consigo, sem permitir que os teus pés se magoem nas pedras.
Ele, que vigia o sono das crianças e coloca nos seus olhos uma luz pura que apetece beijar, é também guerreiro forte.
Verás a tua mão tocar rochedos grandes e fazer brotar deles água verdadeira.
Olharás para tudo com espanto.
Saberás que, sendo tu nada, és capaz de uma flor no esterco e de um archote no escuro.

Para sofrer aquilo que não sabias ser capaz de sofrer.
Para viver daquilo que mata.
Para saber as cores que existem por dentro do silêncio.
Continuarás quando os teus braços estiverem fatigados.
Olharás para as tuas cicatrizes sem tristeza.
Tu saberás que um homem pode seguir em frente apesar de tudo o que dói, e que só assim é homem.

Para gritar, mesmo calado, os verdadeiros nomes de tudo.
Para tratar como lixo as bugigangas que outros acariciam.
Para mostrar que se pode viver de luar quando se vai por um caminho que é principalmente de cor e espuma.
Levantarás do chão cada pedra das ruínas em que transformaram tudo isto.
Uma força que não é tua nos teus braços.
Beijá-las-ás e voltarás a pô-las nos seus lugares.

Para ir mais além.
Para passar cantando perto daqueles que viveram poucos anos e já envelheceram.
Para puxar por um braço, com carinho, esses que passam a tarde sentados em frente de uma cerveja.
Dirás até ao último momento: "ainda não é suficiente".
Disposto a ir às portas do abismo salvar uma flor que resvalava.
Disposto a dar tudo pelo que parece ser nada.
Disposto a ter contigo dores que são semente de alegrias talvez longe.

Para tocar o intocável.
Para haver em ti um sorriso que a morte não te possa arrancar.
Para encontrar a luz de cuja existência sempre suspeitaste.
Para alcançar a estrela inalcançável."

Paulo Geraldo


Beijos e sejam felizes....

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Passadiço do amor...

A seguir transcrevo “bocados” da crónica de domingo dia 16 de Abril de 2006 na Revista Notícias Magazine, da autoria de Eduardo Sá.

“Na verdade, o amor é tudo o que se avista quando se enxerga o coração do planalto de um abraço. (...) há quem ache o amor uma moda acabrunhada, quem se empanturre de tudo o que permita que não se dê pela sua falta, e quem pressinta que amar é ver mais longe. (...) Os primeiros perdem-se nos sonhos. Os segundos olham-nos de cima. (...) Os terceiros fazem dos sonhos o passadiço do amor. (...) Os que se perdem nos sonhos falam da ausência do amor, timidamente, evocando o cansaço. Ou reclamam-no, simplesmente, invadindo de ira todos os seus gestos. No fundo, temem-nos, de tanto o desejarem. (...) Os que olham de cima supõem que são as manhãs de sol quem abre persianas pelo coração. Acham o amor uma relação fora de moda e melhor que conseguem é encontrar a pessoa dos seus sonhos... para os próximos dias. (...) Já os outros reconhecem que, quando ponderamos acerca do que gostamos numa pessoa, já não gostamos dela: reparamos nos pormenores. (...) quando mais preponderante é um amor, mais a iminência da sua perda nos resolve. (...) por mais que não as tenham, que há relações que iluminam a alma e que incendeiam a paixão. E que serão elas quem chamamos amor. (...) Na verdade, amar é ver mais longe. Mais longe, até, do que se avista quando se enxerga o coração do planalto de um abraço. Saudar os sonhos com a inocência de quem procura neles um trilho especial. E perceber que tudo o que se sonha é pouco mais do que nada ao pé das relações que iluminam a alma e que incendeiam a paixão. E que só essas fazem dos sonhos o passadiço do amor.”

Beijos e sejam felizes...


terça-feira, fevereiro 02, 2010

as relações...

Como seres sociais que somos tendemos a criar laços e relações afectivas com as pessoas. Relações profissionais, de amizade, de amor. Talvez as ultimas sejam as que estão mais em declínio. Talvez isso também aconteça porque exigimos das relações amorosas o que não exigimos de nenhuma outra relação. Queremos que sejam um espaço paritário, mas que respeite as diferenças e as individualidades. E procuramo-las para suprir necessidades nossas ou desempenhar funções que nos interessam.
Ou seja, iniciamos mal o processo… uma relação afectiva, no meu entender, e eu não percebo muito do assunto, deve ser em primeiro lugar um espaço de entrega e de partilha…

A psicóloga Isabel Leal escreve a este respeito: “Conseguir que uma relação amorosa seja um espaço paritário mas aberto às necessidades de afirmação de cada um dos seus constituintes, exige uma zona de respeito mútuo, uma construção a duas mãos, permanente e diligente que como se vai vendo, não é fácil. Talvez, porque, centrados em nós próprios, alimentemos a ideia de que o “outro” existe na nossa vida para suprir as necessidades nossas ou desempenhar funções que nos interessam. Talvez porque seja trabalhoso tecer com alguém uma identidade outra, que nos envolve de que fazemos parte mas em que a contenção de partes de nós também esteja presente. Talvez queiramos de uma relação amorosa um grau de aceitação que não temos para dar ou nos custe a assumir que a relação amorosa é apenas uma relação.”
Boas relações…
Beijos e sejam felizes...

perdi (perdemos)...

Este texto é para ti... acho que desta vez perdemos os dois... ainda gosto de ti...

“A pouco e o pouco fui esquecendo. É triste esquecer alguém. Os sonhos, antes cheios de histórias e fantasmas, tornam-se vazios, povoados de lugares estranhos e pessoas desconhecidas. (...) É triste esquecer alguém que desistiu de nós. Obriga-nos a desistir também. Obriga-nos a aceitar que perdemos, como quem perde uma guerra depois de vencer as batalhas mais importantes. (...) às vezes penso que o teu amor por mim, também cresceu para dentro, debaixo da terra, misturado com raiva e pena, até te cansares de mim. Ambos erramos muito, embora de forma diferente, talvez por isso ambos nos cansámos da nossa história, que começou tão pura e cheia de esperanças e que acabou por ceder ao seu próprio peso.”
In Margarida Rebelo Pinto
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, janeiro 29, 2010

o pais que temos...


Ontem o Agrupamento de Escuteiros de onde faço parte, acolheu temporariamente nas suas instalações um idoso que se encontrava no hospital à cerca de 1 ano.

É um idoso que vive na Pampilhosa à 50 anos, não tem família e vivia numa casa alugada, que com o passar do tempo se foi degradando, impossibilitando a sua permanência naquele local.

O que me choca nesta situação toda, é o facto dos hospitais e dos seus serviços sociais, mandarem este idoso para casa, sem tratar de um local que o pudesse acolher com dignidade. Choca-me a “frieza” de acções, o despejar de pessoas... Compreendo que o hospital não é um local de permanência... mas não compreendo o “lavar de mãos” do hospital...

No entanto, esta história teve um final mais ou menos feliz. A Junta de Freguesia tomou conta da situação, reportando à Segurança Social a situação. O Agrupamento acolheu este idoso por uma noite... Hoje o idoso será transportado para um local digno (pensão), até que a sua situação esteja plenamente resolvida...

Este caso acabou bem, porque a comunidade soube acolher e resolver o problema... mas questionou-me, quantos outros casos existirão e não acabarão tão bem como este!? Antes de “despejar” pessoas, os responsáveis devem pensar neste casos com mais sensibilidade, calor e amor... Nem sempre existem finais felizes...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 27, 2010

opta por ser FELIZ!

tens na vida aquilo que escolheres ter...
a tua mente é de tal modo poderosa que te entrega o que lhe pedires.
se pensas que podes ou não podes, é isso mesmo que acontecerá! seja de que forma for, estará sempre certo e receberás na mesma medida que te foi determinado, pelos teus pensamentos, palavras e acções.
a vida que tens foi construída por ti; se continuares a fazer o que sempre tens feito, receberas o que sempre recebeste.
se procuras algo diferente, opta por fazer algo diferente... de qualquer maneira, sejam quais forem as tuas opções, opta por ser FELIZ.... ´
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 26, 2010

crescemos...






Crescemos imaginando que é possível aprender sem errar. No amor, por maioria de exigência. O que transforma, muitas vezes, o coração numa folha de cálculo. Ora, do mesmo modo que dar à luz não é tirar todas as dúvidas (mas pôr problemas), errar é aprender. E descobrir que, olhando por quem se olha, o importante nunca é saber como se faz, mas com quem se conta para chegar ao que se quer.

in "A vida não se aprende nos livros" de Eduardo Sá
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 25, 2010

adeus ou despedida

Eduardo Sá, escrevia todos os domingos, para a revista "Noticias Magazine". Numa dessas crónica o psicologo, falou do Adeus e da Despedida. Aqui ficam alguns excertos dessa crónica. Aprendi que afinal adeus e despedida são "coisas" diferentes. Acho que já me despedi de muita gente e adeus é aquilo que menos tenho feito. Enfim a vida é assim... Sejam felizes...


(..)
Adeus é uma palavra estranha. O prefixo A associado a DEus parece fazer de cada despedida a prova de que Deus não só não está sempre do nosso lado como, as vezes, faz até questão de tirar férias.
(..)
Despedirmo-nos é tudo o que acontece quando nos afastamos de alguém sem nunca se dizer adeus. As despedidas fazem do coração um espaço esconso. Já um adeus pode transformá-lo numa mansarda com vista-mar.
(..)
O que mais dói, não é o vazio de uma presença, que se impõe, mas o comboio de saudades por tudo o mais que essa relação podia ter sido mas não foi.
(..)
Imaginar um adeus não nos habilita a compreender a tontura de sermos apanhados de supresa quando perdemos alguém.
(..)
Já a despedida não nos remexe com supresas. Nem esclarece os sentimentos como uma espécie de murmúrio que vai sempre á frente daquilo que autorizamos a sentir. (..)
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, janeiro 22, 2010

vale a pena... talvez não!?

“O Fernando Pessoa que, entre outras coisas, era poeta, deixou assente a ferro e fogo para a posteridade que, por mero acaso, nos apanha a nós, que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. (...) transformou a estrofe num dizer comum, o dizer comum por obra e graça da citação recorrente e da repetição consistente fez o resto: deu estatuto de verdade ao que era uma figura de estilo. (...) Há, de facto inúmeras coisas, circunstâncias e até pessoas que não valem a pena. Não valem a pena, para nós, porque não as significamos de um certo modo, não as conseguimos distinguir da massa de coisas, circunstâncias ou pessoas que atravancam os dias ou, então, distinguimo-las com nitidez e, ainda assim, ou exactamente por isso, reafirmamos o nosso desinteresse, o nosso desejo de alheamento e distância. (...) Sendo isto mais ou menos óbvio, insistimos no frasear poético e, envergonhado ou culpabilizante, assumimos uma postura pública de extrema abertura de espírito ou filosófica sabedoria em que tudo o que diz respeito à humanidade nos diz respeito a nós e, por essa via, vale a pena. Como se sermos que somos e interessar-nos apenas pelo que nos interessa fosse um sinal de demissão ou de estreiteza de ideias. “

Claro que nem tudo vale a pena...
Beijos e sejam felizes...

quinta-feira, janeiro 21, 2010

marcas...

Marcas, vestígios... todos os deixamos.
O importante é saber o seu grau de qualidade. Não se pretendem grandes feitos, nem actos únicos, pois somos pessoas absolutamente normais e medianas. Se tivermos conseguido arrancar um sorriso aqui e ali, então teremos deixado uma bela marca.
Será que estamos a deixar boas marcas?
E já pensa nisto... lol
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 19, 2010

será que crescemos?

Numa altura complicada ou nem por isso… tomar algumas decisões pode implicar a perda de coisas, momentos e pessoas que nalguma altura da vida, nos forma importantes… Mesmo assim é legítimo e preciso que tomemos decisões… Amamos e odiamos… e por vezes não é como nos contos de fadas… “E foram felizes para sempre.”

Quem não se recorda a cada passo dos contos infantis que povoaram a nossa meninice? Vivíamos tudo aquilo como se de realidade se tratasse. Tínhamos pesadelos com a Madrasta e ficávamos encantados com a Cinderela. Hoje vivemos do mesmo modo, amamos e odiamos... afinal não crescemos, todavia pensamos que sim!

Pensamos que crescemos… mas não… continuamos crianças, a pensar que tudo pode ser nossa para sempre… como nos contos de fadas… Talvez este também seja o grande mistério da vida… somos internamente crianças.
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Equipa médica da AMI partiu hoje para Haiti



Uma segunda equipa de emergência da AMI partiu hoje à tarde de Lisboa com destino ao Haiti.
Constituída por cinco elementos, (dois médicos, dois enfermeiros e um operacional logístico), o grupo irá prestar assistência médica e ajuda humanitária à população de Port-au-Prince, capital do Haiti por um período nunca inferior a um mês.
A AMI aceitou assim o convite do Ministério da Administração Interna e o apoio da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação para integrar o contingente português a bordo do C-130 da Força Aérea, que descolou do aeroporto de Figo Maduro.
Na bagagem a AMI leva medicamentos, equipamento médico e logístico para prestar assim que chegar ao terreno auxílio às vítimas do sismo.
A equipa é liderada por José Luís Nobre, administrador da AMI com larga experiência em cenários de catástrofe e guerra, tendo participado em dezenas de missões internacionais, entre as quais a crise de refugiados no Ruanda (1994), o terramoto de Bam no Irão (2003) e o tsunami no Sri Lanka (2004).
Aumenta assim para sete o número de elementos expatriados da AMI a trabalharem na missão Haiti. Recorde-se que ontem partiu uma primeira equipa exploratória constituída por dois elementos: Tânia Barbosa, directora do Departamento Internacional, e Marta Andrade, coordenadora de projectos. Esta equipa está realizar os contactos necessários com os parceiros locais e outros actores internacionais para desenvolver uma ajuda humanitária concertada e mais eficaz.
Ontem foi lançado um apelo à sociedade civil e aberta uma conta emergência para o Haiti.
Pode efectuar o seu donativo para a AMI para:

Conta Emergência BES - NIB: 0007 001 500 400 000 00672
Multibanco: Entidade 20 909 Refª 909 909 909 em Pagamento de Serviços

excertos...

"(...) Há pessoas que entram em pânico quando são obrigadas a lidar com a realidade das relações amorosas, e tu és uma delas. O teu labirinto não te permite deixar que aqueles que te amam se aproximem mais do que aquilo que consideras seguro para ti. És um ermita por natureza e por escolha própria. E acredita que sei que, no fundo, até és feliz, ou pelo menos vives momentos de grande tranquilidade, sozinho habituado apenas à tua presença, ao teu cheiro (...) Precisas tão desesperadamente do silêncio como eu de palavras (...) O teu medo quase letal perante a viabilidade da nossa relação assustou-te de tal forma que me fechaste a porta na cara várias vezes, embora depois não resistisses a voltar. Agora sou eu que não resisto a fechar-ta na cara, com toda a força que tenho e com toda a veemência que sinto. Quando batemos com a porta, também é para nós. Precisamos que se abata sobre a nossa consciência esse estrondo final, como qualquer coisa de grandioso que se quebra, um enorme edifício que implode.É fundamental bater com a porta, e com quanto mais força, melhor, principalmente se já levámos com ela na cara (...)"
Margarida Rebelo Pinto, in O dia em que te esqueci

...


Do livro “Artista de Circo” de Margarida Rebelo Pinto:

“A vida são portas condenadas. Portas que passamos, pensando que, ao abrirmos, vamos descobrindo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora que nos deixa de braços estendidos ao longo do corpo e a perguntar em surdina porquê. A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância, dos bolinhos de lama para o lanche das bonecas, tiram-nos as rodinhas das bicicletas e dizem-nos és capaz, tu és capaz a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tranquilidade.”

E vou pensar... apesar de como diz a Ana, penso tanto, tanto e não chego a grandes conclusões...

Bom fim-de-semana.
Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 13, 2010

fraqueza...

É tão grande a fraqueza do género humano, tamanha a sua perversidade, que, sem dúvida, lhe vale mais estar subjugado por todas as superstições possíveis - desde que não tenham carácter assassino - do que viver sem religião. O homem sempre teve necessidade de um freio e, por ridículo que fosse sacrificar aos faunos, aos silvanos ou às náiades, era mais razoável e mais útil adorar essas imagens fantásticas da Divindade do que entregar-se ao ateísmo. Um ateu que fosse razoador, violento e poderoso, seria um flagelo tão funesto como um supersticioso sanguinário. Quando os homens não dispõem de sãs noções acerca da Divindade, as ideias falsas suprem-lhes a falta, tal como nos tempos de desgraça se fazem negócios com moeda falsa quando falta a moeda boa. O pagão, se cometia um crime, temia ser punido pelos seus falsos deuses; o malabar teme ser punido pelo seu pagode. Em todo o lado onde há uma sociedade estabelecida, é necessária uma religião. As leis exercem vigilância sobre os crimes conhecidos, a religião exerce-a sobre os crimes secretos. Mas, a partir do momento em que os homens chegam a abraçar uma religião pura e santa, a superstição torna-se não apenas inútil, mas muito perigosa. Não se deve tentar alimentar com bolotas aqueles que Deus se dignou alimentar com pão. A superstição está para a religião como a astrologia está para a astronomia, a filha louca de uma mãe sábia. Essas duas filhas subjugaram durante muito tempo a Terra inteira.

Voltaire, in 'Tratado Sobre a Tolerância'
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 12, 2010

gosto...


gosto do barulho da cidade, gosto da possibilidade da cidade, não gosto de estar limitado naquilo que penso e no que faço, gosto de repensar o que já foi pensado.

gosto do som do mar, gosto do sol, gosto da chuva, gosto do cheiro a terra húmida, não gosto de confusão...

gosto de ter gostos, gosto de convicções, não gosto do vazio, gosto do indefinido. não gosto de sentir faltas das pessoas que não sentem a minha falta...

gosto das minhas coisas, gosto dos meus objectos, gosto dos meus gatos e dos meus cães, gosto dos meus familiares, gosto dos meus amigos...

gosto de respirar fundo. gosto de fazer uma pausa antes de acelerar, não gosto de estar parado. gosto de conhecer pessoas, não gosto de me enganar com as pessoas [tanto para o bem como para o mal]...
gosto da honra e da palavra, não gosto do que não é autêntico. gosto de carinho, gosto de saber que sou amado...

gosto do corpo humano, não gosto de saber que ele tem duração, tenho medo do envelhecimento.

gosto de música, gosto de ouvir rádio, gosto de constatar que tudo nesta vida tem a sua própria melodia [o seu ritmo], não gosto do que não emite som.

gosto da palavra [do poder da palavra], gosto do seu sentido e entoação...não gosto da palavra fim...
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

1 ano como Dirigente do CNE


Faz hoje 1 ano que realizei a minha promessa de dirigente do CNE.

Há um ano aceitei o desafio. Talvez que este desafio seja o mais duro de sempre. Mas um desafio não espera. Aceita-se e acredita-se nele, custe o que custar... É preciso não ter medo de cometer erros. Afinal de contas, quantas coisas perderemos por termos medo de as perder? E, quando alguém deseja algo, deve saber que corre riscos...É por isso que a vida vale a pena, pelos riscos que corremos, pelos resultados, bons ou maus que conseguimos.

A minha escolha foi aceitar.

Durante toda a minha vida escutista (cerca de 18 anos), aprendi, dei a aprender, fui repreendido, gratificado, ganhei, perdi, chorei, ri. Nunca mais me esqueço de noites de luar, noites de chuva, raids que nos aproximavam, actividades que nos preenchiam, palavras que nunca se esquecem, palavras que gostaríamos não ter ouvido, mas que lá no fundo temos a sensação de que afinal tinham uma razão.

Tudo isto passado, tudo isto ganho...Para mim o escutismo é algo mais que uma actividade, que uma fraternidade do ar livre. Para mim tornou-se um estilo de vida... tornou-se uma vida.

É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida tão interessante.

Hoje e passado um ano, não posso deixar de agradecer aos meus familiares e amigos que sempre me acompanharam... mesmo quando o tempo que dedico aos escuteiros é superior aquele que lhes dedico a eles.
Não posso deixar de agradecer ao Grupo de Pioneiros 34 que caminhou comigo e esteve presente de forma muito importante da minha promessa. Agradeço também ao Clã 26 onde actualmente sou Chefe. Agradeço ao meu agrupamento, ao movimento...

A Todos um muito OBRIGADO... um ano já cá canta... tenho um logo caminho por trilhar...

Canhota fraterna...

sexta-feira, janeiro 08, 2010

adeus...


O gosto amargo do adeus, adeus que não foi dito. Ficou a lembrança triste de ti. O vazio dentro de mim, a lágrima esquecida, que o vento encarregou de secar. Ficou um grito dentro de mim, só tu não ficaste. A vida é mesmo assim, mas, como esquecer tudo o que fizemos e o que fomos? Como esquecer que gosto de ti? Ficou uma saudade louca dentro de mim, eu não posso suportar, sinto vontade de abraçar a morte e nela dormir o sono eterno, sinto vontade de gritar, de acabar com tudo, de me sufocar nessas palavras imbecis. Mas, a vida continua, e eu aqui para justificar a minha.

Dói saber que as palavras ditas se perderam e que agora o nosso “nós” se tornou eu e tu. Ficamos diferentes para convivermos, mas sem perceber, que as nossas diferenças sempre existiram, momentos bons que ficaram.
Olho aquele sorriso que um dia me fez ficar tonto, sei que estou triste. Sentirei falta das músicas, dos momentos, dos “sermãos”. Espero que sejas feliz, pois eu fui, não considero tempo perdido, tu foste importante, mas agora és uma lembrança, de alguém que passou e que espero que um dia volte.

Eu não pedi que fosse para sempre, mas eu também não queria que fosse assim.

Beijos...

bom fim-de-semana...


E já estamos quase de fim-de-semana. Aqui deixo, saudações de BOM FIM DE SEMANA, e claro também deixo um texto de Gabriel Garcia Marquez, que já à algum tempo andou a circular pela net, mas na semana passada, a revista “Arte”, voltou a falar dele e a comprovar a sua autoria. Aqui fica...

“... Se por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria em tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, por sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom gelado de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestir-me-ia simplesmente, e lançar-me-ia de bruços no chão, deixando a descoberto não apenas o corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse... Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas, um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas. Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas amo-vos, amo-vos... Convenceria cada mulher e cada homem de que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor. Aos homens, provar-lhe-ia como são estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar... A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com os homens... Aprendi que todos querem viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada... Aprendi que quando um recém-nascido aperta a mão com a sua pequena mão pela primeira vez o dedo do seu pai, tem-no prisioneiro para sempre... Aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com todos...”

Beijos e sejam felizes...

quinta-feira, janeiro 07, 2010

muito cedo na minha vida foi tarde demais...

Torna-se tarde sempre que se descobre que as pessoas da família são aquelas a quem nos podemos abraçar, mesmo que seja, simplesmente, para chorar.

Torna-se tarde de mais quando, para nossa surpresa, somos, só, medianamente felizes. E que as pessoas que deveriam dar-nos um itinerário a quase todas as dúvidas nos foram decepcionando, devagar. As pessoas morrem quando nos decepcionam e, para nossa perplexidade, com elas morre sempre um bocadinho, mais ou menos indecifrável, dentro de nós.

Deixa de ser tarde quando se compreende que ouvir nunca rima com escutar, e que se escuta sempre que, de olhos nos olhos, vem até nós a linguagem do coração.

Deixa, para sempre, de ser tarde sempre que a humildade, diante das surpreendentes janelas com que o amor desconcerta, nos indica que nunca é tarde... sempre que haja com quem recomeçar...

Vou recomeçar...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 06, 2010

...

"Não consigo descrever a falta que me fazes. Um amigo disse-me que devia escrever tudo o que recordasse de ti. Mesmo as coias insignificantes. O insignificante é fácil - é aquilo que não se esquece."

Inês Pedrosa

as palavras nunca regressam...


"O drama das palavras que se dizem é que nunca se apagam, nem com a melhor das borrachas nem com o mais potente dos detergentes, podendo, quanto muito, se abusarmos da lixívia, fazer um buraco irremediável. É claro que os olhos mais míopes ou mais ingénuos podem acreditar o contrário, mas quando se vira o tecido para a luz lá está a marca. E o pior é que mesmo que a vitima do insulto, da desconfiança ou da injustiça fosse capaz de esquecer e perdoar, quem não esquece de forma alguma é o autor daquilo que agora dava tudo para não ter dito. E a culpa permanece como uma sombra da relação, mesmo que aparentemente até a tenha estimulado, nomeadamente porque o culpado se esforça por provar que não sentia nada daquilo que vociferou um dia. (...) Mas por muito que se dê com a cabeça na parede, por muitos filmes que se realizem do que podia (não) ter sido, o tempo nunca nos faz esse favor. "

Este texto pretence a Isabel Stilwell. O poder destruidor das palavras é assustadoramente enorme...
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 05, 2010

...

Sou um noctívago! Tudo me dá muito mais prazer à noite... talvez por nessa altura estou livre das minhas obrigações diárias. É a altura em que tenho algum tempo para mim e até... aqueles momentos em que consigo "falar" comigo! Estar sozinho com as minhas coisas...
Hoje aproveito para plasmar um pensamento que li no facebook:
"O problema de grande parte dos seres humanos é que não conseguem transmitir a verdade sem primeiro a negarem, omitirem ou falsificar... Teimam em pensar apenas em si próprios sem pensar no que estão a fazer aos outros... ferindo-os mais cedo ou mais tarde...chegando a ser crueis como punha..., consciente ou inconscientemente... Mas... Quem nao prefere uma verdade que doa a uma mentira passageira? Sim, porque não ha mentira que sempre dure... nem verdade que nao prevaleça...A verdade...Simplesmente a verdade... sempre!"
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 04, 2010

voar

Eu queria ser astronauta
o meu país nao deixou
Depois quis ir jogar á bola
a minha mãe nao deixou
Tive vontade de voltar a escola
mas o doutor nao deixou
Fechei os olhos e tentei dormir
aquela dor nao deixou.

Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta ...
e voar

O meu quarto é o meu mundoo ecrã´n é a janela
Nao choro em frente á minha mãe
eu que gosto tanto dela
Mas esta dor nao quer desaparecer
vai-me levar com ela

Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta....e voar

Acordar meter os pés no chão
Levantar e dar o que tens para dar
Voltar a rir,voltar a andar
Voltar Voltar
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Voltarei

Beijos e sejam felizes...

domingo, janeiro 03, 2010

fiz anos... venha 2010...

E já estamos em 2010. Comecei o ano da melhor forma, a festejar 27 anos de vida. OBRIGADO a todos os que tiveram comigo de alguma forma do dia 1.
É verdade que também iniciei nostálgico… agora tenho 365 dias para me encontrar e seguir o meu caminho.

Com 2010 deparamo-nos com mais uma porta…

Que se nos depara para além da porta? O espaço largo, a possibilidade de darmos larga aos nossos gritos interiores e ouvi-los sem incomodar ninguém. Vamos encher os pulmões desse ar ainda puro e pensar o futuro.

Abra-se então a porta!

Vou precisar de tempo e de paz…

Beijos e sejam felizes… Bom ano.