Passamos a vida a falar dos outros. A ver os defeitos dos outros, a ver o que os outros nos fazem, a receber o que os outros nos dão, a criticar, analisar, avaliar o que recebemos, os que sofremos, como somos influenciados, ou como somos afectados.
Mas não olhamos para nós.
Não olhamos para ver o que fazemos aos outros, o que damos aos outros, não analisamos, criticamos, avaliamos o que damos, o que infligimos, como influenciamos ou afectamos.
Acima de tudo não nos questionamos.
Não perguntamos que vai aquela pessoa sofrer/pensar/sentir se fizermos isto ou aquilo.
A maior parte do tempo descartamo-nos de responsabilidades, porque é fácil dizer e pensar que se ele não gosta, que diga, porque eu não vou saber.
Mas não estamos preparados para ouvir "não quero", "não dou", "não faço".
A nossa educação permite-nos pressionar os outros para fazerem o que queremos, mas não nos permite a nós dizer que não.
Somos rotulados como egoístas, insensíveis, porque nos queremos preservar, em vez de estarmos lá, porque os outros precisam.
Não sabemos ver. Não percebemos. Impomos-nos aos outros muitas vezes sem nos darmos conta, porque nem sequer nos passa pela ideia que nos estamos a impor... mas sabemos ver quando os outros o fazem.
No mínimo isto é apenas natural, pois nós somos a pessoa mais importante. mas não nos fazia mal olharmos mais para nós e vermos como somos com os outros... para percebermos o direito que temos, ou não, de receber, criticar, avaliar, analisar, sofrer, ser influenciado ou afectado.
Só custa inverter toda essa crítica para nós próprios.
Vou tentar inverter :)
Nota: texto retirado do blog de Gracinha Damasco
Beijos e sejam felizes...
4 comentários:
Senhor Gonçalo este belo texto que por aqui «postou» também o deveria enfiar na sua carapuça. Ou está esqucido de que outrora também apontou «dedos».
Meu caro anónimo pelo seu comentário reparo que não leu com a devida atenção o que "postei".
Eu no final escrevo: "Só custa inverter toda essa crítica para nós próprios. Vou tentar inverter :)"
E claro que não estou esquecido do que sou e do que fui... mas tb não esqueço que a minha critica aos outros é sempre frontal e sem mascaras... já outros não podem dizer o mesmo... não é caro ANÓNIMO!?
Abraços e obrigado pela visita.
Meu caro senhor apenas me limitei a comentar o seu texto. Interessante, por sinal. ;)
Pelos vistos, sentiu-se incomodado, teve necessidade de me dar justificações. Não dê justificações, evite-as. E da próxima vez, seja mais simpático na sua frontalidade.
Abraço. João
Boa tarde, Sr.º João!
Aproveito para agradecer a sua visita.
Não me sento nada incomodado e gosto muito de me justificar e assim explicar e esclarecer os meus pontos de vistas...
Assim, suponho eu, crescemos todos e ficamos todos mais ricos :)
Abraços...
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