sexta-feira, dezembro 17, 2010

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Vagamente fui amando, sentindo-te correr por entre as minhas veias. Nesta noite sei apenas do teu toque e procuro o teu corpo para além dos meus dedos... Mordo as tuas palavras lentamente, sabem a ti, sabem a nós... Porque o meu corpo só se diz corpo, quando está perto do teu, te envolve, te roça a alma e abraça como se o mundo se acabasse ali e nada mais me salvasse... Deito-te toda inteira, na margem deste cais que é o meu corpo aberto, à tua espera. Preciso que me desejes depois do amor, de me teres arrancado tremores e suspiros, de me teres assinado na vida, a tinta permanente.

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