
Numa destas noites quente de verão, que convidam ao relax, a uma boa conversa, a um café e a uma óptima companhia, discutia-se a questão dos casamentos gays.
Talvez vá dizer uma coisa tacticamente estúpida: eu não acho que o casamento seja um “direito fundamental” para os gays.
Não acho que seja discriminatório que lhes esteja vedado o casamento. Está no direito da sociedade reconhecer certos tipos de relação de forma privilegiada. Não me parece que aceitar direitos individuais implique necessariamente aceitar o casamento gay. Mesmo assim, sou a favor de lhes dar esse mesmo casamento, com outro nome. Não podemos tratar “coisas” diferentes como iguais.
Estamos hoje tão presos à linguagem dos “direitos” que não concebemos outra maneira de “reivindicar” o que queremos. Até nem concebemos politicamente o “querer” que vemos como ilegítimo (nalgumas áreas chega a ser ridículo ver como as pequenas vontades são elevadas a “direitos”, nesta é menos ridículo).
Eu penso que a sociedade devia reconhecer o “casamento” gay porque é essa a sociedade que eu penso que seja melhor e a na qual quero viver. Não vejo que exista um direito fundamental em jogo, há uma decisão consciente de querer moldar a sociedade e de querer convencer os meus concidadãos de que é essa a sociedade que é melhor.
Esta é a minha posição, simples e clara. Partilho-a com a quem escreveu metade deste post, o João.
Beijos e sejam felizes…
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