segunda-feira, fevereiro 16, 2009

a SIDA...


Ontem li uma crónica da autoria da jornalista Fernanda Câncio, a tal jornalista que tem, o mau gosto de namorar com o nosso Primeiro- Ministro. Relações à parte, é um facto que as opiniões dela e comentários são sempre muito interessantes e válidos.

Fernanda Câncio não sendo católica, ontem na sua crónica mais parecia que tinha assistido ou pelo menos lido as leituras que se apresentavam para o VI Domingo do Tempo Comum.

Falava ela dos números alarmantes do HIV em Portugal, da ignorância que persiste na maioria da população. Incluindo nesta maioria, pessoas que devido à formação, deveriam ter bom-senso e pelos menos maiores conhecimentos.

Tantos anos após a “descoberta” desde vírus, é ainda medonho constatar como muitas pessoas ainda persistem em aceitar como válido que o HIV se transmite por um abraço, um beijo, a partilha da mesma sanita... É medonho constatar como juízes ainda marginalizam pessoas, que devido a sua condição são completamente afastadas dos seus locais de trabalho...

Estamos todos a tentar formar duas classes de pessoas, as boas e as más, as pecadoras e as não pecadoras... claro está que as más e as pecadoras são sempre os portadores de HIV.

Marginalizam... e esta é a forma encontrada, por uma faixa cada vez maior da sociedade para lidar com os infectados... As palavras acolher, aceitar, conviver, estão a perder espaço... e dão lugar a discriminar, repudiar, afastar, marginalizar...

Relatava a citada jornalista, como ainda muitos de nós lidamos mal com os infectados, como os afastamos de forma mais ou menos educada... Relatada um o caso de uma doente que entrou nas urgências e foi rotulada de seropositiva... sem qualquer cuidado de falar baixo e de saber cuidar da privacidade de cada um.

O rastreio obrigatório da população, só poderia conduzir ao afastamento de mais e mais pessoas, à sua marginalização, à deteorização da sua dignidade de condição social... É urgente trilhar outro caminho... se viver com HIV pode não ser fácil... viver com a discriminação constante, isso deve devastador.

Beijos e sejam felizes...

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