terça-feira, novembro 04, 2008

Afectos na primeira pessoa...

Somos seres de afectos, precisamos deles para sobreviver, fazem falta, exigimos a sua presença. No entanto muitas vezes somos tímidos e retraídos, fazemo-nos de fortes e excluímos ou anulamos esta parte tão importante da nossa vida.
Além dos afectos, o medo e defesa a este, fazem parte da nossa essência. Medo e afectos andam vezes demais de mãos dadas, pelo menos no meu caso. Arrisco pouco, recuo muito, talvez não sofra menos…
Não estou a fazer alusão a qualquer pormenor concreto da minha vida, mas ao todo. Sou um medricas, tenho muito receio das pessoas, da sua excessiva proximidade, daquilo que podem querer de mim além de uma simples amizade. Afasto aqueles que me amam de outra forma, além da pura amizade… não luto por quem amo verdadeiramente… E perco muito…

E porque serei assim? Costumo em jeito de brincadeira, comentar que sou assim, devido ao excesso de amor, carinho e atenção que sempre fui alvo desde pequeno, por parte da minha família, o meu “ninho de afectos”. Também poderá estar ligado ao meu egocentrismo… e quem sabe a alguma falta de confiança… O certo é que sou assim… e a mudança é complicada… mas precisa de ser realizada.

Hoje falo na primeira pessoa, acordei bem-disposto, com um “Bom dia” doce e sereno de alguém que infelizmente não sei amar… Mas curiosamente também não sei excluir ou afastar, esquisito não é?

Boa terça-feira.

Beijos e sejam felizes…

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