Vivemos um tempo de imediatismo primário. Não se distingue entre o essencial e o acessório, entre o permanente e o efémero, entre o necessário e o dispensável, isto é, não se avaliam as aquisições, nem se dá valor ao que se prescinde. Conta apenas o momento. Tomar o presente pelo futuro é erro crasso.
Mas é um erro que acontece vezes demais. Estamos na era do simplismo. Tudo tem de ser cómodo, rápido e de preferência fácil. Parece que já não há tempo para parar, para pensar, para sofrer, para chorar.
Vivemos dias e tempos tão apressados que o simples “estar triste”, é visto de esguelha. Somos uns cool´s, não podemos fracassar, ir abaixo, desistir, não lutar... Não quero dizer com isto, que não devemos ir a luta, continuar o caminho... mas será assim tão negativo, um paragem, um momento de nostalgia?
Penso que não... chorar, parar... para voltar a andar, faz bem, faz-nos mais fortes e mais capazes... Vivemos tempos imediatos... a mudança, pode ser possível, se começar por nós... está mesmo a nossa mão...
Neste fim-de-semana de eleições, nada melhor do que sair para fora... esquecer estes tempos de mentira, de promessas, de populismo barato.
Deixemos tudo para traz e rumemos para a praia... nesta altura do ano está mais vazia, mais tranquila, vamos ouvir o mar, escutar as ondas... e regressar para ver quem vai mandar na nossa autarquia e regressar para mais uma semana, mais serenos, mais felizes... melhores...
Bom fim-de-semana.
Beijos e sejam felizes...
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