terça-feira, junho 30, 2009

todos temos um preço...

Há uma pergunta que se pode fazer e a resposta da maioria das pessoas é negativa a esse respeito.

As pessoas têm preço? As pessoas vendem-se?

É claro, é óbvio, é evidente que sim.

A começar pelo trabalho e a acabar naquilo em que estão a pensar, passando por uma miríade de situações. Mas não se gosta muito de interiorizar esta realidade. Dói! A verticalidade de barriga cheia custa pouco... muito pouco!

Isto a propósito de uma conversa com a mana Isabel, acerca do valor das pessoas. Recordamos os dois a professora de marketing ainda no tempo da agrária... que dizia e fundamentada lindamente esta visão. Todos temos um preço. Qual é o teu? lol

Beijos e sejam felizes...


segunda-feira, junho 29, 2009

Esta a chegar a hora do Adeus!


Este foi um fim-de-semana grande e rodeado de emoções. Um fim-de-semana de encerramento do ano escutista, com ele também encerra um ciclo de 2 anos, como chefe do Grupo de Pioneiros. A sexta, sábado e domingo passados foram a minha penúltima actividade com os meus pioneiros. Foram 3 dias recheados de emoções, falamos muito.

Revivemos momentos passados, acampamentos, acantonamentos, brincadeiras, amuos, alegrias, discussões, pontos de discórdia… choramos todos juntos, num abraço que levo no coração… Como disse naquela noite, a noite dos afectos e da verdade… numa conversa sincera… despedi-me de cada um, com um sorriso e um lágrima. Um sorriso de alegria por tudo que passei durante estes dois anos, uma lágrima por infelizmente ter de avançar na minha caminhada como dirigente do CNE e ter de me despedir destes “escuteiros fantásticos”.

Levo no coração cada momento passado com o Luís Carlos, a Diana, a Inês, o João, o Wilson, o Diogo Ribeiro, o Diogo Neto, o Diogo Marques, o Pedro Pereira, o Rui Oliveira, o Rui Pedro, a Daniela, a Liliane, a Marina, o Vítor, o To-zé, a Joana e claro a equipa de animação: a Anabela e o Paulo.

È altura de avançar, e como diz a música “levar só o que é bom de guardar”, levarei tudo, o espírito de grupo, a amizade de cada elemento, a cumplicidade, o carinho… Como disse no sábado a noite… “espero que o espírito do grupo não se perca nesta nova etapa, e que o novo dirigente se adapte perfeitamente ao grupo e que sejam cada vez mais e melhores”.

Vou ter imensas saudades…

E começa a minha preparação para no próximo ano escutista, ser Chefe de Unidade da IV Secção… Uma secção diferente, espero que seja um novo ciclo igualmente enriquecedor…

E também nesta pequenas coisas, nas lágrimas da despedida… na alegria da presença… que se manifesta plenamente o espírito que une todos aos escutismo.

Beijos e sejam felizes…

quinta-feira, junho 25, 2009

dias não são dias...

Todos os dias temos algo para esquecer e algo para relembrar. Todos os dias temos algo que não queremos ver repetido, como temos vontade de festejar certos factos. Hoje vamos encarar o que positivo nos acontece. Vamos fazer um esforço nesse sentido e fazer votos para que a balança se incline mais para o lado que desejamos. Tchim... tchim...!
Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, junho 24, 2009

boas leituras - coming out


"O ensaio ‘Epistemologia do Armário’ de Eve Kosofsky Sedgwick é um dos textos fundamentais da ‘teoria queer’ ao propor “que muitos dos ‘nós’ principais do pensamento e da cultura ocidental do século XX estão estruturados – de facto fracturados – por um crise crónica, hoje endémica, de definição da homo/heterossexualidade, sobretudo a masculina, e que está datada desde o final do século XIX” (Segdwick, 2004:11)Bem no início do seu ensaio Eve Kosofsky Sedgwick reforça o olhar bifocado sobre a metáfora do armário afirmando que, ao mesmo tempo, “o armário responde às necessidades representacionais mais intímas” (Segdwick, 2004:9) e por outro lado “o armário é a estrutura que melhor sintetiza a opressão gay deste século” (Segdwick, 2004:11)Assim para os homossexuais o armário, e as suas múltiplas construções societárias, constituem uma forma de resistência, como pois como afirma Sedgwick “a epistemologia do armário conferiu à cultura e à identidade gay uma maior consistência ao longo deste século” (Segdwick, 2004:8) criando modelos específicos (invisíveis e codificados) de sociabilidade urbana, como sejam as formas de ‘engate’ em espaço público urbano. Mas o armário é também o símbolo da mentira, da opressão pois a “a robustez do armário é permanentemente confirmada” (Segdwick, 2004:12) estando sempre presente no modo como as vivências sociais e espaciais se constroem, pois como afirma Sedgwick “ele continua a afirmar-se como um elemento fundamental do seu relacionamento social; por mais corajosos e francos que sejam, por mais afortunados quanto ao apoio das suas comunidades, serão poucos os gays em cujas vidas o armário deixa de constituir uma presença central”. (Segdwick, 2004:8) num jogo, louco e esquizofrénico, em que “estar dentro do armário e sair do armário são imagens que interagem com regularidade” (Segdwick, 2004:11). É neste jogo de entrar e sair do armário, de assumir – em ritmos, registos e espaços diferenciados – pois como disse alguém um dia o mais difícil assumir é perante o “eu homossexual” – é neste jogo com o armário que se faz o quotidiano dos homossexuais, nesse quotidiano de espaços públicos, semi-publicos e privados. Este jogo é estranho, difícil e muitas vezes cheio de regras desconhecidas, cheias de incoerências fortes, como seja do discurso “senso-comum” que continuamente nos remete para a invisibilidade do espaço privado, uma “incoerência (…), enfaticamente contida nos termos da distinção entre público e privado” mas que ao mesmo tempo “corrói o actual quadro que regula a existência gay” (Segdwick, 2004:10) codificando “um sistema excruciante de “double blinds” – duplo contrangimento ou duplo entrave – oprimindo sistematicamente as pessoas, identidades e comportamentos gay, minando os próprios alicerces da sua existência através de restrições contraditórias impostas ao discurso” (Segdwick, 2004:11), ou seja uma sociedade que coloca lésbicas, gays no “quarto” (dizendo que esta questão é um aspecto estritamente privado) e oprimindo – com as crítica públicas à constituição de ‘ghetto’ urbanos – qualquer forma de visibilidade, e que controla assim os discursos e os espaços de afirmação e de visibilidade."

São João...


E hoje já é quarta-feira, o Verão já começou. Hoje celebramos o dia de São João, feriado na Invicta. Ontem foi uma noite grande e animada. Rodeado de pessoas amigas e conhecidas, com sardinhas, broa, caldo verde… foi uma noite bem passada. Não poderia faltar a tradicional fogueira de São João e claro as violas e as musicas desta quadra festiva. É sempre agradável conviver, partilhar momentos, gastar um bocado de tempo e juntar-nos a festa, com as pessoas que quase todos os dias passam por nós, as pessoas de sempre… aqueles que vivem mesmo ao nosso lado, e que devido aos afazeres da vida, muitas vezes nem paramos para falar, para conviver… neste sentido, estes dias de comunhão e de festa são de extrema importância.

Não sou um amante incondicional de festas populares… mas considero-as muito importantes, conseguem juntar pessoas para uma vontade comum, conseguem criar laços, destruir pontes. Não falto a nenhuma festa da minha terra, nem que seja uma passagem rápida, mas vou sempre. Fico feliz pela continuidade das tradições e nesse sentido fiquei contente, por ver um grupo de pessoas, que mesmo em cima do tempo se juntaram e resolveram uma vez mais festejar o São João… É já tradição, todos os anos o largo da Capela de Nossa Senhora, enfeitar-se e ser o centro das festividades… neste fim-de-semana, e mesmo após tantas vicissitudes, os festejos arrancam, menos exuberantes que em anos passados… mas com o mesmo espírito de festa, de alegria…

As festas dos “três rapazes” (Santo António, São João e São Pedro), são sempre mais pagãs do que cristãs. Pouco ligamos as figuras destes santos e aquilo que podemos retirar das suas vidas. Apenas e quase só os festejos é que contam. Os três santos de Junho, que todos festejam e que quase todos desconhecem a sua vida, a sua história. Fará sentido festejar um Santo, sem qualquer festa Cristã?

Na minha opinião, acho que não. Não faz sentido festejarmos qualquer data, sem uma relação com o acontecimento ou a pessoa que se festeja. Suponho que as festividades pagãs nada perdiam se incluíssem momentos de reflexão ou mesmo celebração da Eucaristia em honra do santo festejado. Ganhava a festa e claro ganhávamos todos.

No entanto e à falta de festividade cristã, festejemos estes Santos populares, no calor da noite, na alegria, na amizade, no carinho que sentimos pelo próximo… E esquecemos por um momento, a crise, os problemas, os contra-tempos… é tempo de festejar.

Beijos e sejam felizes…

sexta-feira, junho 19, 2009

" Uma paixão que não se casa com o amor é um barco sem mar. Permanece, para sempre, como uma idealização (e nada mais) e transforma-se num amor-perfeito que, em vez de nos encaminhar para outras paixões, nos persegue por dentro, e destrói (uma a uma) todas as novas relações, sendo esse o seu lado mais contagioso."

Eduardo Sá

sorrir...


Não sei porquê, ou melhor, sei-o muito bem, parece que tudo se conjuga para me fazer sorrir. É o tempo em que a despreocupação me invade e em que me deixo tomar completamente por ela. Reganho uma nova juventude, sinto-me mais... leve e finalmente sorriu para mim.

Hoje está um calor sufocante, convida para uma visita à praia e uma noite bem passava com as estrelas como companhia.

Convida a abrir uma garrafa, saborear um bom vinho, decompor cada sabor, cada amora, cada porção de que é feito.

Este fim-de-semana, vai ser passado com cada um de vós, no sossego de uma conversa, de um sorriso, de uma abraço... eis o verão que se aproxima. Vamos saborea-lo...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, junho 16, 2009

“Estou sempre alegre - essa é a minha maneira de resolver os problemas da vida. Tenho a impressão de que os homens estão a perder o dom do riso.”
(Charlie Chaplin)
Será que não estamos mesmo?

regras do jogo!


Não sou mais esperto que ninguém. Tenho é uma noção das coisas e conheço as pessoas. Sei quando me mentem e quando estão a tentar fazer de mim parvo, escondendo alguma coisa... Acho sempre que não vale a pena esconder se não há gravidade no assunto. Passa a haver quando se descobre que se mentiu. Sou da opinião que omitir é tão grave como mentir. Mas isso sou eu, que não sou mais esperto que ninguém e talvez tenha a noção errada do que para mim é certo. Estas são as regras do meu jogo: A verdade sempre. Quem não quiser não joga!

Gostei...

Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, junho 15, 2009

...

“Tive grandes ambições e sonhos dilatados – mas esses também os teve a moço de fretes ou a costureira, porque sonhos tem toda a gente: o que nos diferença é a força de conseguir ou o destino de se conseguir connosco.”
Fernando Pessoa in Livro do Desassossego

homossexualidade...


Hoje passados 6 dias da Festa de Inauguração de um Bar-Disco gay friendly, na praia da Barra, resolvi voltar a falar de homossexualidade e de preconceito homossexual.

A noite começou agitada a caminho de Aveiro, na Barra a procura do Bar-Disco parecia não ter grande sucesso. Foi quando abordamos um senhor que passeada o cão pela 1h da manha. O senhor abeirou-me a medo do carro e estabelecemos o seguinte diálogo:

- Boa Noite, por acaso sabe informar onde fica um Bar-Disco que hoje é inaugurado?
O senhor: Hummm…. Que tipo de bar? (olhando para dentro do carro)
- Também não sabemos muito acerca do Bar, é um bar-disco gay friendly.
O senhor: Ah, desses coisos… vire aí a direita…(vai para o outro lado do passeio e fica a olhar para o carro)

A homossexualidade existe em todas as sociedades. Na maioria delas não é aprovada socialmente. Mesmo nos países ocidentais (democráticos e com tradições de respeito pelos direitos humanos) existiu até há poucas décadas legislação que criminalizava os comportamentos homossexuais.

“Nos últimos anos, as atitudes em relação aos homossexuais tornaram-se mais descontraídas em muitos países ocidentais, e imagens afirmativas das relações homossexuais tornaram-se mais comuns nos meios de comunicação e na imprensa.” (Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F. C. Gulbenkian, 2007, Lisboa, pág. 132.)

Alguns exemplos dessas atitudes mais descontraídas: questões como o casamento dos homossexuais e a adopção de crianças por casais homossexuais têm sido publicamente discutidas em muitos países (nomeadamente em Portugal); recentemente países como a Espanha e a Grã-Bretanha aprovaram leis que permitem o casamento dos homossexuais; na generalidade dos países ocidentais o número que pessoas que assumem publicamente a sua homossexualidade é muito superior ao que sucedia há poucos anos atrás; etc.

Mas, apesar dessas mudanças, continua a haver bastante discriminação relativamente aos homossexuais. Assumir publicamente que se é homossexual continua a não ser fácil.

É triste, revoltante e complicado de entender como um ser humano discrimina outro impedindo-o ou limitando-lhe a sua própria felicidade. Acredito num mundo sem complexos, sem preconceitos. Onde todos são tratados como iguais, onde o respeito e compreensão são valores maiores. Acredito que isto não seja um sonho, mas uma realidade que todos nós PESSOAS, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, transgeneres… podemos vivenciar aqui e agora. Só precisamos de lutar por um mundo diferente, mas igual…

Beijos e sejam felizes…

terça-feira, junho 09, 2009

amor..

Não se ama de forma desarmada. Ama-se quase sempre de pé atrás. Há gente que acha que não e eu também sempre achei… quando amamos sem armas, amamos mais. Mas será possível fazê-lo? No fundo acho que sim, mas a vida ensinamos a troco de nada que amar sem molduras pode ferir-nos para sempre. Pode tatuar a nossa alma numa ferida grosseira que não cicatriza e está sempre aberta à espera de uma oportunidade para arder como álcool. Mesmo que muitas vezes tenhamos a certeza de um amor, não queremos vivê-lo com medo que acabe. Com medo que não seja para sempre, com medo que seja fingido. E se até os poetas, que são o expoente mais elevado da palavra amor, fingem, porque não há-de um simples mortal disfarçar o amor? Ou pelo menos os grandes podem fingir o amor, que é visto sobre várias formas e maneiras dependendo do ponto de vista de quem ama e é amado. Não acham?

Estou absolutamente feliz contigo.... sem necessidade de dar nome às coisas... apenas e só contigo....

Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, junho 08, 2009

medo...


O Homem é um paradoxo. É capaz das coisas mais belas e das mais hediondas. É capaz de construir sonhos e de os materializar, como num instante os destrói. As suas fases aculturais ainda são dominantes e ele vai conseguir provar que é inclusive capaz de se destruir a ele próprio.

Um pensamento terrível, ainda para mais numa segunda-feira... mas medonhamente verdadeiro...

Beijo e sejam felizes...

sexta-feira, junho 05, 2009


Se o meu sorriso mostrasse o fundo da minha alma. Muitas pessoas, quando me vissem sorrir.... choravam comigo!

Hoje estou assim... parado...

o caminho...


Quando eu era muito pequeno, já achava que o mundo era grande. Enorme! Sonhava . Sonhava com o dia de hoje. Não media, nem podia imaginar o caminho nem as consequências dele. Fui sonhando sempre ao longo da vida. Um degrau mais acima, outro mais em baixo. Fiquei parado algumas vezes, mas nunca desisti nem baixei os braços. Tinha muitos amigos e adorava fazê-los rir. Gostava de ser o centro das atenções. Não gostava do Carnaval, porque nunca achei graça a máscaras. Gostava dos santos populares vividos na Vila e dos Natais à volta de uma lareira. Era feio e tinha alguns complexos que com o tempo transformei em qualidades. Adormecia com o Vitinho e rezava. Rezava sempre. Ainda hoje rezo - ou converso com Deus - para que nunca me esqueça que quando eu era muito pequeno, apesar de tudo, já sabia que o caminho seria menos fácil. Mas faz-se.

E vai-se fazendo dia após dia...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, junho 03, 2009

Das flores...


Apesar de dedicar a maior parte do meu trabalho profissional à cultura da vinha e ao vinho, como agrónomo interesso-me por outras temáticas, como é agora o caso da floricultura.

Não é uma área na qual gostava alguma vez de trabalhar, mas a qual me fascina, não tanto pelo trabalho agronómico, mas pela beleza da cultura.
Li um dia destes um breve artigo de opinião sobre o comércio das flores em Portugal e das campanhas que se equacionam realizar para mudar a forma do consumidor encarar este sector de actividade.

Basicamente visitamos uma florista, por dois motivos: comprar flores para um funeral e comprar flores para dias festivos (dia dos namorados). Ainda não existe em Portugal a cultura da flor. Comprar flores para colocar em casa, para oferecer espontaneamente, para apenas ter o prazer de alegrar por aquele momento a nossa vida.

No entanto, todos gostamos de receber flores, todos ficamos felizes por dentro com um ramo nas mãos… Se assim ficamos é claramente porque as flores “falam” connosco, transmitem alguma tranquilidade, algum sentimento… e se assim é… porque não comprarmos mais flores e alegrarmos a nossa vida?

Hoje faço a campanha pelas flores. VAMOS COMPRAR FLORES, PARA DAR, PARA TER, PARA DECORAR… COMPREM!

Beijos e sejam felizes…