sexta-feira, janeiro 29, 2010

o pais que temos...


Ontem o Agrupamento de Escuteiros de onde faço parte, acolheu temporariamente nas suas instalações um idoso que se encontrava no hospital à cerca de 1 ano.

É um idoso que vive na Pampilhosa à 50 anos, não tem família e vivia numa casa alugada, que com o passar do tempo se foi degradando, impossibilitando a sua permanência naquele local.

O que me choca nesta situação toda, é o facto dos hospitais e dos seus serviços sociais, mandarem este idoso para casa, sem tratar de um local que o pudesse acolher com dignidade. Choca-me a “frieza” de acções, o despejar de pessoas... Compreendo que o hospital não é um local de permanência... mas não compreendo o “lavar de mãos” do hospital...

No entanto, esta história teve um final mais ou menos feliz. A Junta de Freguesia tomou conta da situação, reportando à Segurança Social a situação. O Agrupamento acolheu este idoso por uma noite... Hoje o idoso será transportado para um local digno (pensão), até que a sua situação esteja plenamente resolvida...

Este caso acabou bem, porque a comunidade soube acolher e resolver o problema... mas questionou-me, quantos outros casos existirão e não acabarão tão bem como este!? Antes de “despejar” pessoas, os responsáveis devem pensar neste casos com mais sensibilidade, calor e amor... Nem sempre existem finais felizes...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 27, 2010

opta por ser FELIZ!

tens na vida aquilo que escolheres ter...
a tua mente é de tal modo poderosa que te entrega o que lhe pedires.
se pensas que podes ou não podes, é isso mesmo que acontecerá! seja de que forma for, estará sempre certo e receberás na mesma medida que te foi determinado, pelos teus pensamentos, palavras e acções.
a vida que tens foi construída por ti; se continuares a fazer o que sempre tens feito, receberas o que sempre recebeste.
se procuras algo diferente, opta por fazer algo diferente... de qualquer maneira, sejam quais forem as tuas opções, opta por ser FELIZ.... ´
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 26, 2010

crescemos...






Crescemos imaginando que é possível aprender sem errar. No amor, por maioria de exigência. O que transforma, muitas vezes, o coração numa folha de cálculo. Ora, do mesmo modo que dar à luz não é tirar todas as dúvidas (mas pôr problemas), errar é aprender. E descobrir que, olhando por quem se olha, o importante nunca é saber como se faz, mas com quem se conta para chegar ao que se quer.

in "A vida não se aprende nos livros" de Eduardo Sá
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 25, 2010

adeus ou despedida

Eduardo Sá, escrevia todos os domingos, para a revista "Noticias Magazine". Numa dessas crónica o psicologo, falou do Adeus e da Despedida. Aqui ficam alguns excertos dessa crónica. Aprendi que afinal adeus e despedida são "coisas" diferentes. Acho que já me despedi de muita gente e adeus é aquilo que menos tenho feito. Enfim a vida é assim... Sejam felizes...


(..)
Adeus é uma palavra estranha. O prefixo A associado a DEus parece fazer de cada despedida a prova de que Deus não só não está sempre do nosso lado como, as vezes, faz até questão de tirar férias.
(..)
Despedirmo-nos é tudo o que acontece quando nos afastamos de alguém sem nunca se dizer adeus. As despedidas fazem do coração um espaço esconso. Já um adeus pode transformá-lo numa mansarda com vista-mar.
(..)
O que mais dói, não é o vazio de uma presença, que se impõe, mas o comboio de saudades por tudo o mais que essa relação podia ter sido mas não foi.
(..)
Imaginar um adeus não nos habilita a compreender a tontura de sermos apanhados de supresa quando perdemos alguém.
(..)
Já a despedida não nos remexe com supresas. Nem esclarece os sentimentos como uma espécie de murmúrio que vai sempre á frente daquilo que autorizamos a sentir. (..)
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, janeiro 22, 2010

vale a pena... talvez não!?

“O Fernando Pessoa que, entre outras coisas, era poeta, deixou assente a ferro e fogo para a posteridade que, por mero acaso, nos apanha a nós, que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. (...) transformou a estrofe num dizer comum, o dizer comum por obra e graça da citação recorrente e da repetição consistente fez o resto: deu estatuto de verdade ao que era uma figura de estilo. (...) Há, de facto inúmeras coisas, circunstâncias e até pessoas que não valem a pena. Não valem a pena, para nós, porque não as significamos de um certo modo, não as conseguimos distinguir da massa de coisas, circunstâncias ou pessoas que atravancam os dias ou, então, distinguimo-las com nitidez e, ainda assim, ou exactamente por isso, reafirmamos o nosso desinteresse, o nosso desejo de alheamento e distância. (...) Sendo isto mais ou menos óbvio, insistimos no frasear poético e, envergonhado ou culpabilizante, assumimos uma postura pública de extrema abertura de espírito ou filosófica sabedoria em que tudo o que diz respeito à humanidade nos diz respeito a nós e, por essa via, vale a pena. Como se sermos que somos e interessar-nos apenas pelo que nos interessa fosse um sinal de demissão ou de estreiteza de ideias. “

Claro que nem tudo vale a pena...
Beijos e sejam felizes...

quinta-feira, janeiro 21, 2010

marcas...

Marcas, vestígios... todos os deixamos.
O importante é saber o seu grau de qualidade. Não se pretendem grandes feitos, nem actos únicos, pois somos pessoas absolutamente normais e medianas. Se tivermos conseguido arrancar um sorriso aqui e ali, então teremos deixado uma bela marca.
Será que estamos a deixar boas marcas?
E já pensa nisto... lol
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 19, 2010

será que crescemos?

Numa altura complicada ou nem por isso… tomar algumas decisões pode implicar a perda de coisas, momentos e pessoas que nalguma altura da vida, nos forma importantes… Mesmo assim é legítimo e preciso que tomemos decisões… Amamos e odiamos… e por vezes não é como nos contos de fadas… “E foram felizes para sempre.”

Quem não se recorda a cada passo dos contos infantis que povoaram a nossa meninice? Vivíamos tudo aquilo como se de realidade se tratasse. Tínhamos pesadelos com a Madrasta e ficávamos encantados com a Cinderela. Hoje vivemos do mesmo modo, amamos e odiamos... afinal não crescemos, todavia pensamos que sim!

Pensamos que crescemos… mas não… continuamos crianças, a pensar que tudo pode ser nossa para sempre… como nos contos de fadas… Talvez este também seja o grande mistério da vida… somos internamente crianças.
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Equipa médica da AMI partiu hoje para Haiti



Uma segunda equipa de emergência da AMI partiu hoje à tarde de Lisboa com destino ao Haiti.
Constituída por cinco elementos, (dois médicos, dois enfermeiros e um operacional logístico), o grupo irá prestar assistência médica e ajuda humanitária à população de Port-au-Prince, capital do Haiti por um período nunca inferior a um mês.
A AMI aceitou assim o convite do Ministério da Administração Interna e o apoio da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação para integrar o contingente português a bordo do C-130 da Força Aérea, que descolou do aeroporto de Figo Maduro.
Na bagagem a AMI leva medicamentos, equipamento médico e logístico para prestar assim que chegar ao terreno auxílio às vítimas do sismo.
A equipa é liderada por José Luís Nobre, administrador da AMI com larga experiência em cenários de catástrofe e guerra, tendo participado em dezenas de missões internacionais, entre as quais a crise de refugiados no Ruanda (1994), o terramoto de Bam no Irão (2003) e o tsunami no Sri Lanka (2004).
Aumenta assim para sete o número de elementos expatriados da AMI a trabalharem na missão Haiti. Recorde-se que ontem partiu uma primeira equipa exploratória constituída por dois elementos: Tânia Barbosa, directora do Departamento Internacional, e Marta Andrade, coordenadora de projectos. Esta equipa está realizar os contactos necessários com os parceiros locais e outros actores internacionais para desenvolver uma ajuda humanitária concertada e mais eficaz.
Ontem foi lançado um apelo à sociedade civil e aberta uma conta emergência para o Haiti.
Pode efectuar o seu donativo para a AMI para:

Conta Emergência BES - NIB: 0007 001 500 400 000 00672
Multibanco: Entidade 20 909 Refª 909 909 909 em Pagamento de Serviços

excertos...

"(...) Há pessoas que entram em pânico quando são obrigadas a lidar com a realidade das relações amorosas, e tu és uma delas. O teu labirinto não te permite deixar que aqueles que te amam se aproximem mais do que aquilo que consideras seguro para ti. És um ermita por natureza e por escolha própria. E acredita que sei que, no fundo, até és feliz, ou pelo menos vives momentos de grande tranquilidade, sozinho habituado apenas à tua presença, ao teu cheiro (...) Precisas tão desesperadamente do silêncio como eu de palavras (...) O teu medo quase letal perante a viabilidade da nossa relação assustou-te de tal forma que me fechaste a porta na cara várias vezes, embora depois não resistisses a voltar. Agora sou eu que não resisto a fechar-ta na cara, com toda a força que tenho e com toda a veemência que sinto. Quando batemos com a porta, também é para nós. Precisamos que se abata sobre a nossa consciência esse estrondo final, como qualquer coisa de grandioso que se quebra, um enorme edifício que implode.É fundamental bater com a porta, e com quanto mais força, melhor, principalmente se já levámos com ela na cara (...)"
Margarida Rebelo Pinto, in O dia em que te esqueci

...


Do livro “Artista de Circo” de Margarida Rebelo Pinto:

“A vida são portas condenadas. Portas que passamos, pensando que, ao abrirmos, vamos descobrindo e arrumando o caos interno, mas afinal percebemos que à medida que os anos passam, elas se vão fechando uma a uma, nas nossas costas ou na nossa cara, batendo com uma veemência esmagadora que nos deixa de braços estendidos ao longo do corpo e a perguntar em surdina porquê. A vida são portas condenadas, primeiro fecha-se a porta da infância, dos bolinhos de lama para o lanche das bonecas, tiram-nos as rodinhas das bicicletas e dizem-nos és capaz, tu és capaz a partir daí a vida estreita-se num arame cada vez mais fino e ténue e é então que vamos percebendo que viver não é mais do que um precário equilíbrio, uma travessia solitária pelo arame traiçoeiro que nos há-de levar a um lado qualquer que é sempre do outro lado, onde está tudo aquilo que nos convencem que queremos ou que simplesmente escolhemos como objectivo para alcançar uma coisa qualquer a que gostamos de chamar tranquilidade.”

E vou pensar... apesar de como diz a Ana, penso tanto, tanto e não chego a grandes conclusões...

Bom fim-de-semana.
Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 13, 2010

fraqueza...

É tão grande a fraqueza do género humano, tamanha a sua perversidade, que, sem dúvida, lhe vale mais estar subjugado por todas as superstições possíveis - desde que não tenham carácter assassino - do que viver sem religião. O homem sempre teve necessidade de um freio e, por ridículo que fosse sacrificar aos faunos, aos silvanos ou às náiades, era mais razoável e mais útil adorar essas imagens fantásticas da Divindade do que entregar-se ao ateísmo. Um ateu que fosse razoador, violento e poderoso, seria um flagelo tão funesto como um supersticioso sanguinário. Quando os homens não dispõem de sãs noções acerca da Divindade, as ideias falsas suprem-lhes a falta, tal como nos tempos de desgraça se fazem negócios com moeda falsa quando falta a moeda boa. O pagão, se cometia um crime, temia ser punido pelos seus falsos deuses; o malabar teme ser punido pelo seu pagode. Em todo o lado onde há uma sociedade estabelecida, é necessária uma religião. As leis exercem vigilância sobre os crimes conhecidos, a religião exerce-a sobre os crimes secretos. Mas, a partir do momento em que os homens chegam a abraçar uma religião pura e santa, a superstição torna-se não apenas inútil, mas muito perigosa. Não se deve tentar alimentar com bolotas aqueles que Deus se dignou alimentar com pão. A superstição está para a religião como a astrologia está para a astronomia, a filha louca de uma mãe sábia. Essas duas filhas subjugaram durante muito tempo a Terra inteira.

Voltaire, in 'Tratado Sobre a Tolerância'
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 12, 2010

gosto...


gosto do barulho da cidade, gosto da possibilidade da cidade, não gosto de estar limitado naquilo que penso e no que faço, gosto de repensar o que já foi pensado.

gosto do som do mar, gosto do sol, gosto da chuva, gosto do cheiro a terra húmida, não gosto de confusão...

gosto de ter gostos, gosto de convicções, não gosto do vazio, gosto do indefinido. não gosto de sentir faltas das pessoas que não sentem a minha falta...

gosto das minhas coisas, gosto dos meus objectos, gosto dos meus gatos e dos meus cães, gosto dos meus familiares, gosto dos meus amigos...

gosto de respirar fundo. gosto de fazer uma pausa antes de acelerar, não gosto de estar parado. gosto de conhecer pessoas, não gosto de me enganar com as pessoas [tanto para o bem como para o mal]...
gosto da honra e da palavra, não gosto do que não é autêntico. gosto de carinho, gosto de saber que sou amado...

gosto do corpo humano, não gosto de saber que ele tem duração, tenho medo do envelhecimento.

gosto de música, gosto de ouvir rádio, gosto de constatar que tudo nesta vida tem a sua própria melodia [o seu ritmo], não gosto do que não emite som.

gosto da palavra [do poder da palavra], gosto do seu sentido e entoação...não gosto da palavra fim...
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

1 ano como Dirigente do CNE


Faz hoje 1 ano que realizei a minha promessa de dirigente do CNE.

Há um ano aceitei o desafio. Talvez que este desafio seja o mais duro de sempre. Mas um desafio não espera. Aceita-se e acredita-se nele, custe o que custar... É preciso não ter medo de cometer erros. Afinal de contas, quantas coisas perderemos por termos medo de as perder? E, quando alguém deseja algo, deve saber que corre riscos...É por isso que a vida vale a pena, pelos riscos que corremos, pelos resultados, bons ou maus que conseguimos.

A minha escolha foi aceitar.

Durante toda a minha vida escutista (cerca de 18 anos), aprendi, dei a aprender, fui repreendido, gratificado, ganhei, perdi, chorei, ri. Nunca mais me esqueço de noites de luar, noites de chuva, raids que nos aproximavam, actividades que nos preenchiam, palavras que nunca se esquecem, palavras que gostaríamos não ter ouvido, mas que lá no fundo temos a sensação de que afinal tinham uma razão.

Tudo isto passado, tudo isto ganho...Para mim o escutismo é algo mais que uma actividade, que uma fraternidade do ar livre. Para mim tornou-se um estilo de vida... tornou-se uma vida.

É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida tão interessante.

Hoje e passado um ano, não posso deixar de agradecer aos meus familiares e amigos que sempre me acompanharam... mesmo quando o tempo que dedico aos escuteiros é superior aquele que lhes dedico a eles.
Não posso deixar de agradecer ao Grupo de Pioneiros 34 que caminhou comigo e esteve presente de forma muito importante da minha promessa. Agradeço também ao Clã 26 onde actualmente sou Chefe. Agradeço ao meu agrupamento, ao movimento...

A Todos um muito OBRIGADO... um ano já cá canta... tenho um logo caminho por trilhar...

Canhota fraterna...

sexta-feira, janeiro 08, 2010

adeus...


O gosto amargo do adeus, adeus que não foi dito. Ficou a lembrança triste de ti. O vazio dentro de mim, a lágrima esquecida, que o vento encarregou de secar. Ficou um grito dentro de mim, só tu não ficaste. A vida é mesmo assim, mas, como esquecer tudo o que fizemos e o que fomos? Como esquecer que gosto de ti? Ficou uma saudade louca dentro de mim, eu não posso suportar, sinto vontade de abraçar a morte e nela dormir o sono eterno, sinto vontade de gritar, de acabar com tudo, de me sufocar nessas palavras imbecis. Mas, a vida continua, e eu aqui para justificar a minha.

Dói saber que as palavras ditas se perderam e que agora o nosso “nós” se tornou eu e tu. Ficamos diferentes para convivermos, mas sem perceber, que as nossas diferenças sempre existiram, momentos bons que ficaram.
Olho aquele sorriso que um dia me fez ficar tonto, sei que estou triste. Sentirei falta das músicas, dos momentos, dos “sermãos”. Espero que sejas feliz, pois eu fui, não considero tempo perdido, tu foste importante, mas agora és uma lembrança, de alguém que passou e que espero que um dia volte.

Eu não pedi que fosse para sempre, mas eu também não queria que fosse assim.

Beijos...

bom fim-de-semana...


E já estamos quase de fim-de-semana. Aqui deixo, saudações de BOM FIM DE SEMANA, e claro também deixo um texto de Gabriel Garcia Marquez, que já à algum tempo andou a circular pela net, mas na semana passada, a revista “Arte”, voltou a falar dele e a comprovar a sua autoria. Aqui fica...

“... Se por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria em tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, por sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom gelado de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestir-me-ia simplesmente, e lançar-me-ia de bruços no chão, deixando a descoberto não apenas o corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse... Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas, um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas. Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas amo-vos, amo-vos... Convenceria cada mulher e cada homem de que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor. Aos homens, provar-lhe-ia como são estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar... A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com os homens... Aprendi que todos querem viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada... Aprendi que quando um recém-nascido aperta a mão com a sua pequena mão pela primeira vez o dedo do seu pai, tem-no prisioneiro para sempre... Aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com todos...”

Beijos e sejam felizes...

quinta-feira, janeiro 07, 2010

muito cedo na minha vida foi tarde demais...

Torna-se tarde sempre que se descobre que as pessoas da família são aquelas a quem nos podemos abraçar, mesmo que seja, simplesmente, para chorar.

Torna-se tarde de mais quando, para nossa surpresa, somos, só, medianamente felizes. E que as pessoas que deveriam dar-nos um itinerário a quase todas as dúvidas nos foram decepcionando, devagar. As pessoas morrem quando nos decepcionam e, para nossa perplexidade, com elas morre sempre um bocadinho, mais ou menos indecifrável, dentro de nós.

Deixa de ser tarde quando se compreende que ouvir nunca rima com escutar, e que se escuta sempre que, de olhos nos olhos, vem até nós a linguagem do coração.

Deixa, para sempre, de ser tarde sempre que a humildade, diante das surpreendentes janelas com que o amor desconcerta, nos indica que nunca é tarde... sempre que haja com quem recomeçar...

Vou recomeçar...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, janeiro 06, 2010

...

"Não consigo descrever a falta que me fazes. Um amigo disse-me que devia escrever tudo o que recordasse de ti. Mesmo as coias insignificantes. O insignificante é fácil - é aquilo que não se esquece."

Inês Pedrosa

as palavras nunca regressam...


"O drama das palavras que se dizem é que nunca se apagam, nem com a melhor das borrachas nem com o mais potente dos detergentes, podendo, quanto muito, se abusarmos da lixívia, fazer um buraco irremediável. É claro que os olhos mais míopes ou mais ingénuos podem acreditar o contrário, mas quando se vira o tecido para a luz lá está a marca. E o pior é que mesmo que a vitima do insulto, da desconfiança ou da injustiça fosse capaz de esquecer e perdoar, quem não esquece de forma alguma é o autor daquilo que agora dava tudo para não ter dito. E a culpa permanece como uma sombra da relação, mesmo que aparentemente até a tenha estimulado, nomeadamente porque o culpado se esforça por provar que não sentia nada daquilo que vociferou um dia. (...) Mas por muito que se dê com a cabeça na parede, por muitos filmes que se realizem do que podia (não) ter sido, o tempo nunca nos faz esse favor. "

Este texto pretence a Isabel Stilwell. O poder destruidor das palavras é assustadoramente enorme...
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, janeiro 05, 2010

...

Sou um noctívago! Tudo me dá muito mais prazer à noite... talvez por nessa altura estou livre das minhas obrigações diárias. É a altura em que tenho algum tempo para mim e até... aqueles momentos em que consigo "falar" comigo! Estar sozinho com as minhas coisas...
Hoje aproveito para plasmar um pensamento que li no facebook:
"O problema de grande parte dos seres humanos é que não conseguem transmitir a verdade sem primeiro a negarem, omitirem ou falsificar... Teimam em pensar apenas em si próprios sem pensar no que estão a fazer aos outros... ferindo-os mais cedo ou mais tarde...chegando a ser crueis como punha..., consciente ou inconscientemente... Mas... Quem nao prefere uma verdade que doa a uma mentira passageira? Sim, porque não ha mentira que sempre dure... nem verdade que nao prevaleça...A verdade...Simplesmente a verdade... sempre!"
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, janeiro 04, 2010

voar

Eu queria ser astronauta
o meu país nao deixou
Depois quis ir jogar á bola
a minha mãe nao deixou
Tive vontade de voltar a escola
mas o doutor nao deixou
Fechei os olhos e tentei dormir
aquela dor nao deixou.

Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta ...
e voar

O meu quarto é o meu mundoo ecrã´n é a janela
Nao choro em frente á minha mãe
eu que gosto tanto dela
Mas esta dor nao quer desaparecer
vai-me levar com ela

Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta....e voar

Acordar meter os pés no chão
Levantar e dar o que tens para dar
Voltar a rir,voltar a andar
Voltar Voltar
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Voltarei

Beijos e sejam felizes...

domingo, janeiro 03, 2010

fiz anos... venha 2010...

E já estamos em 2010. Comecei o ano da melhor forma, a festejar 27 anos de vida. OBRIGADO a todos os que tiveram comigo de alguma forma do dia 1.
É verdade que também iniciei nostálgico… agora tenho 365 dias para me encontrar e seguir o meu caminho.

Com 2010 deparamo-nos com mais uma porta…

Que se nos depara para além da porta? O espaço largo, a possibilidade de darmos larga aos nossos gritos interiores e ouvi-los sem incomodar ninguém. Vamos encher os pulmões desse ar ainda puro e pensar o futuro.

Abra-se então a porta!

Vou precisar de tempo e de paz…

Beijos e sejam felizes… Bom ano.