quarta-feira, abril 29, 2009

Fazemos contas aos dias que passam e damos conta que passaram os dias sem darmos conta que já não se repetem. Que muitos dias, apesar de cheios de gente que atropelada em ambições, desejos e muita merda sem sentido, se resumem a nada. Damos conta que perdemos tempo! O tempo, se como dizem, é o que fazemos com ele, pergunto eu agora e aqui: quando é que temos a certeza que estamos a perder tempo?
Beijos e sejam felizes...

terça-feira, abril 28, 2009

doente...


O que é que não é efémero?! Tudo que é eterno dura enquanto dura. A volatilidade é a regra. Pensa-se no hoje. Mais que o hoje, pensa-se no agora. O amanhã já é algo longínquo, indefinido. Uma das poucas certezas que tenho é que o que permanece é o efémero! Mas gostava que não fosse.

Gostava que os bons momentos durarem uma vida, mas não dura. É exactamente por isso, que a felicidade total é uma ilusão... vivemos dias e momentos felizes... nada mais que isso.

Hoje acordei novamente doente... a minha fragilidade faz com que vezes demais, fique doente... o que me atormenta, nem é tanto a fragilidade física, mas aquele que tento encobrir permanentemente... a minha enorme fragilidade psicológica... ou serei eu mesmo forte!?

Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, abril 27, 2009

caminho escolhido...


Estamos permanentemente a fazer escolhas, mesmo quando não escolhemos. Opta-se por um caminho em detrimento de outro e não há forma de reescrever a História. A vida tem apenas um sentido. Diz-se e bem, que não vale a pena chover no molhado! A propósito... hoje não chove.
Será que posso voltar atrás?!

Acho que já não vou a tempo...

Enfim... que seja pelo menos feliz, por este caminho escolhido...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, abril 21, 2009

farto...


Que merda é esta caralho! Tudo onde toco me faz recuar no tempo. Abro uma gaveta e está uma recordação. Um sonho arquivado e a porcaria de um passeio que mesmo que não tenha sido feito foi planeado. Que merda é esta? Se dizem que não há coincidências. Sofro? Não, o meu coração está trancado. Está onde não chega a dor... Esqueci-me da chave numa gaveta qualquer. Desta vez fui eu que me esqueci da chave. Não sofro mas tenho raiva.

Quem te julgas tu?

segunda-feira, abril 20, 2009

viver...


Gosto do azul como a minha vida. Do branco como a alma. Do verde como a esperança. Do encarnado como a paixão. Do violeta como a música. Do laranja como a alegria. Do rosa como o meu segredo. Do castanho como a terra.

Gosto de cores, de luz, de alegria...

Hoje acordei tarde, sem vontade de ir trabalhar... mas vim, a vida tem destas coisas, vontades diferentes que temos necessariamente de aprender a vencer...

Segunda-feira... mais uma semana começa... Vamos viver na alegria...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, abril 14, 2009

os jovens... o seu lugar na Igreja


Os jovens não vão à igreja! Os jovens estão perdidos! Não há vocações! A Igreja é para os velhos e conservadores! Os jovens…!


Todos os dias ouvimos dizer nas nossas comunidades estas e tantas outras coisas que nos fazem perguntar: Porque é que os jovens já não se interessam pela Igreja? Assim colocada, a pergunta parece atirar a responsabilidade para o lado dos jovens. E esta é uma leitura perfeitamente lícita – o materialismo, o hedonismo, a falta de horizonte não são propriamente bichos raros entre a gente nova. A questão, contudo, pode muito bem ser virada ao contrário: “Será que os Jovens interessam à Igreja?” Os jovens como eles são, e não como gostaríamos que eles fossem. Não se trata de pôr em causa a instituição Igreja – os seus dois mil anos de história garantem-lhe uma sabedoria que não questiono – mas será que nós, Igreja, temos feito o esforço suficiente para falar a linguagem dos mais novos? Será que estamos dispostos a acolher os ventos de futuro que abanam as estruturas antigas e que muitas vezes põem em causa a nossa maneira de estar e pensar? Estaremos realmente abertos a uma diferença que ameaça, mas que não pode deixar de encerrar um dom? Os jovens não são os mesmos de há 40, 30 ou mesmo 10 anos atrás. E os seus problemas e sonhos também não. O mundo é outro e isso não pode ser esquecido ou ignorado!


Por exemplo em Portugal, nós, Igreja, olhamos muitas vezes com desconfiança fenómenos como os “Morangos com açúcar”, o iPod”, o “Messenger”, os telemóveis… Mas serão estas realidades simplesmente perigosas, ou antes possibilidades que poderiam fazer chegar aos jovens o Evangelho? Será que Jesus não olharia todos estes meios como uma imensa possibilidade?
E no entanto, continuamos a perder oportunidades quando criticamos a realidade, que nos parece adversa, sem antes fazer o esforço de descobrir nela uma dádiva que nos convida a ir mais além. Julgo que este é o ensinamento da cruz: Jesus abraça um mundo que o condena. Não para se submeter ao mundo, mas para fazer crescer o melhor que ele encerra.


Os jovens são intensos, são tecnológicos, são “computorizados”, mas continuam à procura das experiências verdadeiras e profundas, como procuravam os jovens do passado e como irão procurar os jovens do futuro. Só que cada tempo tem a sua maneira de procurar.


Os jovens, dizia o Papa João Paulo II, “são os primeiros protagonistas do terceiro milénio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa da humanidade”. Também o Papa Bento XVI tem manifestado o desejo de confiar aos jovens o futuro da Igreja e do mundo. Durante a sua visita ao Brasil em 2007 afirmava: “O meu apelo de hoje, a vós jovens, que viestes a este encontro, é que não desperdiceis a vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana. Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja apresentar-se-ia desfigurada.”


Os jovens são o futuro! A Igreja já mergulhou no terceiro milénio, e Jesus continuará a estar presente no mundo pelos jovens de hoje e do futuro. Por isso acredito que é preciso aprender, construir e viver com eles e não desacreditá-los, esquecê-los ou negar a sua realidade!


Pedro Palma


Não escrevia melhor... concordo inteiramente...


Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, abril 13, 2009

o outro lado da alegria...


E já estamos a viver a Páscoa... os 50 dias que festejamos mais intensamente este grande mistério de fé, que foi a Ressurreição de Jesus Cristo. É um tempo de mudança... mudança das nossas atitudes, das nossas opções, dos caminhos que escolhemos... 50 dias para mudar, será que somos capazes?

Ontem andei a fazer a Visita Pascal... Ontem tocou-me uma situação, se extrema solidão e quase abandono. Uma senhora que simpaticamente quis receber Jesus Ressuscitado e que tinha para dar, em vez de um sorriso, uma história de vida triste, uma história presente vazia e muitas, muitas lágrimas.

Olhei para aquele senhora de 86 anos e não consegui ficar indiferente... Um senhora de conversa fácil... que mais que uma Cruz para beijar... necessitava de uma palavra, de um carinho, de um tempo...

Saí daquela casa a pensar... no tempo que gastamos em coisas inúteis, no amor que não damos, na amizade que não alimentamos... perdemos tempo com pequenas nadas... e depois existem tantas e tantas pessoas, numa extrema solidão... que nem sequer necessitam de palavras... querem apenas um ouvido, uma presença...

Feliz Páscoa...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, abril 08, 2009

Porque...

Porque será que nunca te afastas de mim?


Porque será que nunca nos resolvemos?


Porque será tão difícil amar-te?

dias...


Há dias em que nos apercebemos dos cheiros da manhã mal fechámos a porta de casa.
Há outros que não.Há dias em fazemos “check” em todos os compromissos da agenda e ainda conseguimos ler uma página do livro que nos ofereceram naquele dia especial. Outros há em que ficam até compromissos por cumprir.
Há dias em que nos dá vontade de cuidar com carinho dos laços de amor que construímos. Outros em que dá a sensação que acordamos para os estragar.
Há dias em que ficamos felizes quando, ao deitar, percebemos que não passamos pelo sofá e não perdemos tempo com a TV. Outros há em que o sofá parece estar encantado e com o poder absurdo de nos amarrar nele em eternidades vazias.
Há dias em que a nossa alegria é tão contagiante que fica difícil acreditar que não temos colocados uns grandes óculos verdes com guizos de cores de festa e um nariz de palhaço bem vermelho e redondo. Outros em que, sem razão aparente, a nossa sobrancelha levanta e expressões de irritação e desilusão invadem a nossa cara e não arredam pé… e sentimos que nos vamos afastando de nós, do mais essencial e bonito que temos e somos. E vamo-nos apercebendo que vamos fazendo “o mal que não queremos” e não conseguimos concretizar todo “o bem que temos para fazer”.

E os dias vão passando... e a vida vai seguindo...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, abril 07, 2009

a cruz...

Na Cruz a experiência da morte de Jesus é já quase gozosa na dor, porque é dor de uma comunhão com o Pai. Entregar-se e comungar também dói. O grito "Meus Deus, meus Deus, porque me abandonaste" é um grito de esperança e um acto de confiança que resume tudo num testemunho. Na cruz morre a morte, morre o que é mortal que é o pecado, para deixar vir ao de cima a vida, que é o amor. Neste sentido, a Ressurreição é na morte e não depois da morte.
Vasco P. Magalhães, sj
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, abril 06, 2009

solidão...

“A desventura máxima é a solidão. (…) O problema da vida é, portanto, o seguinte: como romper a nossa solidão, como comunicar com os outros. Assim se explica a existência do matrimónio, da paternidade, das amizades. Mas que a felicidade resida nisto, balelas! Porque se deva estar melhor comunicando com os outros do que só, é estranho. É talvez apenas uma ilusão: a maior parte do tempo, estamos muitíssimo bem sós. É agradável ter, de tempos a tempos, um odre em que nos possamos despejar e, em seguida, bebermo-nos a nós próprios: dado que pedimos aos outros apenas aquilo que já temos em nós. É um mistério o motivo por que não basta perscrutar e beber em nós próprios e seja preciso reavermo-nos por intermédio dos outros.”

Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'
Beijos e sejam felizes

quinta-feira, abril 02, 2009

a culpa também é nossa...

Que é que esta gentinha anda a fazer com a nossa capacidade de sonho?

Durante anos a fio acenaram-nos com o El- dorado e agora, com um simples estalar de dedos, acordam-nos para a realidade dura. Aquela que eles cuidadosa e meticulosamente foram criando para nós. Os vendedores de sonhos apearam-nos e o autocarro já recolheu!

E o que podemos fazer agora? Como vamos seguir o caminho?

Tanta perguntas e nestes tempos difíceis, escassam as respostas... Viver positivamente parece cada vez mais difícil e minoritário...

Nós podemos fazer a diferença... ainda nos resta um pouco mais de esperança... vamos usa-la e sermos felizes... Ok?

Beijos... e até segunda-feira...

quarta-feira, abril 01, 2009

hoje não me apetece...

Não temos que escrever todos os dias. Temos que ser felizes a fazê-lo. Não me tem apetecido escrever, e talvez não me tenha apetecido dividir a felicidade que tenho com vocês. Sou egoista? Talvez seja. Não é preciso escrever todos os dias, mas é preciso ser feliz todos os dias. Como isso é complicado de acontecer, vamos aproveitar ao máximo quando somos.
A felicidade fica-me tão bem!
Beijos e sejam felizes...