sábado, novembro 29, 2008

partilha...

Já que hoje estou numa de partilhar. Partilho contigo esta frase que me foi enviada hoje de manha, como mensagem de bom dia.


“Ler é um remédio santo para a mais complexa das doenças que é a solidão. Ninguém está só, havendo um livro para ler. E se tivermos um livro para escrever, então somos muitos.”

Deliciosa, esta frase…

Beijos e sejam felizes…

Abraço ao David pela frase…

hábito matinal...



Somos seres gregários, sociais, de hábitos. Eu tenho um hábito matinal, que por vezes atrasa-me a vida toda, ou melhor, atrasa-me o inicio de dia. Durmo rodeado de livros, e a primeira coisa que faço quando acordo é pegar num e ler qualquer coisa… “Bocados” soltos de livros já lidos… que por vezes não têm qualquer sentido… mas que leio com gosto e saboreio aquela frase, trecho ou pagina completa durante o banho, a viagem para o emprego…

Hoje peguei no livro de Miguel Esteves Cardoso, “Último Volume” e li a seguinte frase:



“Porque quando não há nada a perder também não há muito para ganhar.”




Esta frase até tem algum sentido assim solta e sozinha… Gostei…

Tenham um bom sábado…

Beijos e sejam felizes…

sexta-feira, novembro 28, 2008

mafalda veiga...

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos troque planos sem sequer pedir
Sem perguntar a que é que tem direito
Sem lhe importar o que nos faz sentir

Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for para onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer

Mil vezes mais do que eu te sei dizer
Por mais que a vida nos agarre assim
Nos dê em troca do que nos roubou
Às vezes fogo e mar, loucura e chão

Ás vezes só a cinza do que sobrou
Eu sei que ainda somos muito mais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se a minha vida for por onde vais

A encher de luz os meus lugares ausentes
É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto

É sempre mais do que eu sei te dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

fretes...


Hoje, de uma forma geral, não faço fretes. Pouco me importa o que pensem de mim. Cheguei a uma fase em que me é bem mais importante o que penso dos outros. Isto nada tem de presunção, mas da importância que me permito atribuir ao que me rodeia... independentemente dos que me rodeiam.

Esta é uma forma simples de encarar os outros e as diversas situações do quotidiano. Pode não ser a mais correcta, mas é a minha “formula” para lidar com situações menos agradáveis e com pessoas menos interessantes...
Hoje está de chuva... o Inverno convida à paz de espírito, ao aconchego diante de uma lareira... Tudo transpira calma e tranquilidade... também assim deve ser a vida...

Boa sexta-feira, hoje até sabe melhor... já que só regresso ao trabalho na terça...

Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, novembro 26, 2008

É tempo de festejar...



Hoje este blog está em FESTA, hoje foi “postado” o 100º post… PARABÉNS!

É tempo de festejar…

Beijos e sejam felizes…


É tempo de saborear...


É um dos prazeres da vida. Abrir uma garrafa vazando-a com cuidado, ver-lhe a cor, a lágrima, cheirá-lo, vertê-lo no copo, olhar de novo para ele, degustá-lo, comentá-lo com os presentes e continuar a bebericá-lo moderada e calmamente. As conversas são estimuladas, as ideias são catapultadas, os olhares trocam-se com mais brilho e menos pudor... tudo ele alimenta.

É um dos prazeres que já tenho saudades... Um bom grupo de pessoas, uma lareira, um bom vinho e uma óptima conversa... não existem noites que deixem mais saudades que estas... É mesmo tempo de saborear...

Beijos e sejam felizes...

terça-feira, novembro 25, 2008

pensamento do dia...

A minha velhice é definitiva, mas a sua juventude é provisória.

dias menos bons...

Há dias de desânimo em que só nos apetece desaparecer. Imaginámo-nos mesmo a pensar que chegamos ao fim da linha. Sucede com todos. Não há que dar muita importância a isso, que amanhã é outro dia e tudo se desvanece. Temos sorte, que há alguns que atingiram esse estado e dele não saem, só lhes restando o não terem mais esperança!
Não nos queixemos,pois.
A vida é uma sucessão de acontecimentos bons e menos bons... os maus são mesmo muito raros... acreditar é sempre possível...
Beijos e sejam felizes...

segunda-feira, novembro 24, 2008

pensai...

A monotonia da vida entedia. O sentir-se sózinho rodeado de gente é absolutamente dramático. A falta de reconhecimento é frustrante. O anonimato de se ser tratado como mais um número descartável aniquila todo o amor próprio.
Que sociedade se quer construir?!
Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, novembro 21, 2008

Excertos perdidos - as minhas leituras IV

O mundo de hoje é aberto e o que não existe "cá dentro" pode-se sempre tentar descobrir "lá fora". Os portugueses precisam de interiorizar toda uma nova cultura "internacionalizada" que lhes permita usar tudo o que para aí há de oportunidades e que nem sempre conhecem. O Estado tem aqui uma função imprescindível: garantir por todos os meios que a informação está disponível para todos. A isto chama-se educar para a independência.
Pedro Lomba, in Diário de Notícias

fascinante...

“Só existem duas classes de pessoas realmente fascinantes, as que sabem absolutamente de tudo e as que não sabem absolutamente de nada.”
Oscar Wilde

Aqui está uma frase genial para começar o fim de semana… Esta semana não correu nada bem… a maior parte dos dias na cama… Espero que agora com calma e devagarinho retome a minha actividade normal…

Fiquem com Oscar Wilde, eu cá vou ficar com os meus lençóis, os meus mimos e as minhas rápidas melhores…

Bom fim-de-semana.

Beijos e sejam felizes…

quinta-feira, novembro 20, 2008

Excertos peridos - as minhas leituras III

Este Governo é de uma insensibilidade total aos problemas dos portugueses. Quer concentrar o poder e perpetuá-lo nas suas mãos. Não recua perante nada para atingir esses objectivos. Vivemos numa torpe ditadura da maioria. Mas ela começa a meter água por todos os lados.

Vasco Graça Moura, in Diário de Notícias

agressividade...



O simples passearmo-nos na rua dá para aperceber a agressividade que anda no ar. A insatisfação a todos os níveis das pessoas torna-as mais e mais agressivas. É um sentimento indisfarçável que ressalta quando pedimos uma simples informação. A razão de ser de tudo isto é evidente... só não a vê quem tem interesse em não ver!! É a sociedade onde todos já estamos fartos de viver... é urgente um basta, um começar de novo! Será que ainda vamos a tempo?


Nota: Para os mais interessados pela minha pessoa lol , aqui ficam as noticias actualizadas, estou a ficar melhor, absolutamente farto de cama e desta paragem involuntária…



Beijos, sejam felizes…

quarta-feira, novembro 19, 2008

doente...





Desde a noite de segunda-feira que as coisas não me têm corrido muito bem… para complicar ainda mais… estou doente… sinto-me pessimamente mal…

Quero mimos? Dás?

segunda-feira, novembro 17, 2008

...

Na vida todos temos um segredo inconfessável. Um arrependimento irreversível. Um sonho inalcançável e um amor inesquecível...
Concordo e tu?

talentos...



O Evangelho de ontem (33º Domingo do Tempo Comum) relatava a parábola dos talentos. 5 talentos foram dados a um servo e passado algum tempo mais 5 talentos esse servo “bom e fiel” angariou.


Na homilia de ontem, o presidente da celebração questionava: “Que talentos são estes?”. Depois respondeu, que são claramente os dons de Deus, que nos são dados não para angariarmos mais e apresentarmos a esse Deus, que nada fez mas que exige trabalho feito. Mas sim para os colocarmos a render, nas relações que estabelecemos com os outros, na sociedade onde nos é dado viver, no mundo. São estes os talentos de que fala o Evangelho, a capacidade que temos de nos entregar ao outro, dando o melhor de nós, sem medos, sem “mas”. Nada fácil a proposta desta parábola, primeiro temos de conhecer os dons que temos e depois, para complicar mais, temos de os colocar a render na sociedade, nos outros…


Quantas vezes somos pequenos e vazios, não dando valor a nós próprios nem aos outros? Quantas vezes humilhamos e mal tratamos, apenas para ficarmos por cima? Quantas vezes perdoamos mas nunca esquecemos? Quantas vezes estes dons de Deus, ficam perdidos por aí? Diria que muitas, muitas vezes… a nossa capacidade de dar é tão pequena que até mete medo… muito medo. Nisso temos de aprender com as crianças, a sonhar mais alto, a perdoar e esquecer (nem que seja por um chocolate – já é um bom começo), a rir, a criar laços e pontes… no fundo colocar os dons, os talentos de Deus a render, não para lhe mostrarmos que conseguimos ser cada vez melhores, mas apenas para sermos bons connosco e com os outros, sermos bons e fieis.


A homilia de ontem, conjuntamente com o sábado passado com o meu afilhado Bernardo, fez-me pensar como as coisas simples da vida, aquelas que não necessitam de grandes preparações, são mesmo as mais importantes e marcantes. Passar um sábado com o Bernardo, voltar ao mundo das crianças, festejar com ele, brincar, estar junto a ele… tudo parece mais calmo, mais leve, melhor… Quando for grande, quero voltar a ser criança… Sonhar… ser feliz…


Boa segunda-feira.
Beijos e sejam felizes…

sábado, novembro 15, 2008

somos eternamente responsáveis por aqueles que cativamos...



Até um dia... quando voltares ao meu planeta... pode ser já amanha... ou não...

Excertos peridos - as minhas leituras II

Não estamos em condições de nos salvar a nós próprios, sobre isso não restam dúvidas. Falamos em democracia, mas ela é apenas a expressão política para um estado de espírito caracterizado pelo «Pode ser assim, mas também de outro modo». Vivemos na época do boletim de voto. Até votamos todos os anos no nosso ideal sexual, a rainha da beleza, e o facto de termos transformado a ciência no nosso ideal intelectual não significa mais do que pôr na mão dos chamados factos um boletim de voto, para que eles escolham por nós. Este tempo é antifilosófico e cobarde: não tem coragem para decidir o que tem ou não tem valor, e a democracia, reduzida à sua expressão mais simples, significa: Fazer aquilo que acontece! Diga-se de passagem que é um dos mais desonestos círculos viciosos que alguma vez existiu na história da nossa raça.

Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'

sexta-feira, novembro 14, 2008

3,2,1...



É sempre tempo de começar. De começar a amar de novo se houver disponibilidade para isso. E começar um novo projecto se estivermos com essa vontade. De marcar encontros com gente que fica esquecida na agenda. É sempre tempo de começar, pode ser ao teu lado ou sem ti. Contigo transparente ou contigo cinzento a rir só porque sim.
É sempre tempo de começar? Claro que sim. Precisamos é estar todos de acordo, que um recomeço é para bem de todos e não egoisticamente para que apenas um esteja bem. Se estou disposto a pegar na agenda e actualizar os números? É algo que nem eu sei. Logo eu que soube sempre tudo...
Apanhaste-me sem querer numa esquina da vida. Apanhaste-me com força e roubaste-me o que eu tinha de melhor. Eu deixei, porque me soube bem. Muito bem!
Agora? Não sei se me deixo ir…


Beijos e sejam felizes…

quarta-feira, novembro 12, 2008

Como é que se esquece alguém que se ama?


“Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver?”

Segundo a receita do Miguel Esteves Cardoso é:

“Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.”
“ É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer ninguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procurar evitar o luto, prolonga-o no tempo. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída. É uma dor que é preciso, primeiro, aceitar.”
“O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos, amigos e livros e...copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar.”

Mas como esquecer então?
Como deixar acabar aquela dor?

- Novamente vem o conselho: “É preciso paciência. É preciso sofrer. É preciso aguentar.”

“As pessoas morrem, magoam-se, separam-se com a maior das facilidades. Para esquecê-las, é preciso chocá-las primeiro.”

E agora vem o mais importante -- quanto a mim, claro! – “Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia -- só há lembranças, dor e lentidão, com breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.” “A mágoa é um estado natural. Tem o seu tempo e o seu estilo. Tem até uma estranha beleza. Nós somos feitos para aguentar com ela.”
Para terminar: “ Há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar?”


Beijos e sejam felizes...

terça-feira, novembro 11, 2008

sou feliz?


Apaixonei-me por uma folha caída no chão hoje de manhã, folha essa da única árvore que existe no pátio da associação onde trabalho. Uma folha vermelha e amarela, solitária... preocupou-me um pouco ter a noção que há gente que não se dá conta das folhas caídas pelo chão. Mesmo que apareçam fora de tempo, não existe nada melhor no mundo que a liberdade de ir e vir. Sou feliz! Claro que sou - é preciso sossegar os que acham que não – tenho um emprego, tenho amigos, tenho amor, tenho sexo, sou muito bonito e super interessante.... Tenho tudo para ser feliz!

Esta folha onde tropecei agora, fez-me pensar nas muitas pessoas, que não tendo nem metade do que eu tenho são extremamente felizes. Se elas são, porque não serei eu?
Obviamente há dias menos bons, mais cinzentos, com mais folhas no chão e até com pingos de chuva. Mas esses servem para lavar a alma... a minha está hoje lavada, seca, passada a ferro e pronta a ser usada
.
Há dias em que apetece usar e abusar da alma de alguém!

Beijos e sejam felizes…

segunda-feira, novembro 10, 2008

hoje...


Fechamos os nossos olhos e pensamos, que por vezes rebenta o amor de tanto o usarmos... As coisas boas duram pouco. É por isso que uma flor nunca dura duas Primaveras?



Quem é que me dá um abraço nos maus momentos. Quem é que fica feliz, apenas por me ver feliz?


Não estou deprimido… não tenho razões para isso… hoje apenas estou triste, acabo sempre por magoar as pessoas que mais gosto… hoje tive vontade de não sair da cama, que aquele calor durasse o dia todo, tive saudades do teu abraço, do teu aconchego… tive vontade de gritar e dizer… também quero ser feliz!


Hoje é um dia menos bom, colorido com tons mais escuros… mas mesmo assim colorido…

Boa semana e boa segunda feira


Beijos e sejam felizes...

sexta-feira, novembro 07, 2008

Excertos perdidos - as minhas leituras I

Ontem, Bush disse: "Já convidei o Presidente eleito e a Sr.ª Obama a vir à Casa Branca quando quiserem." É da tradição os presidentes convidarem os sucessores, no intervalo que vai da eleição à tomada de posse em fins de Janeiro, a visitar a casa em que serão inquilinos. A dona de casa Mamie Eisenhower passeou a cosmopolita Jackie Kennedy julgando-a encantada, quando esta analisava as mudanças radicais que faria nos cortinados. Mas, desta vez, o encontro de casais não é mero acto social. No seu belo discurso de aceitação da derrota, McCain percebeu o orgulho dos afro-americanos, lembrando "que há um século o convite do Presidente Theodore Roosevelt a Booker T. Washington para jantar foi visto como um ultraje por muitos". E o grande pedagogo negro foi à Casa Branca só jantar, não para mandar nela. Daí que a eleição de um não branco para Presidente não possa ser vista com um enfastiado "e depois?". Ela é um momento de redenção e revela mais uma revolução americana: o seu rio avança, avança sempre. Este é um daqueles momento definitivamente definidos pelo astronauta Neil Armstrong: aparentemente um pequeno passo, de facto um salto.

Ferreira Fernandes, in Diário de Notícias

quinta-feira, novembro 06, 2008

a vidinha...


Saber por onde ir! Saber porque se quer ir por ali! Saber isso tudo e saber também que tudo está em contradição com as opções anteriormente tomadas... É que não chega a ser dilema. É uma impossibilidade prática. Da mesma forma que não se apaga o passado, também não se pode viver fingindo que ele não tem peso. É a vidinha!
Texto retirado do blog pé de meia.
Beijos e sejam felizes...

quarta-feira, novembro 05, 2008

A viagem começa aqui…



A etiqueta da agência de viagens, o lema (que é o título da foto), sugerem-me outra "viagem", recordo o meu avô que "partiu" sem querer, sem se despedir...de repente, porque os amigos não se despedem... ficou o vazio... e a vida, que tem de continuar...


Sensibilidades várias, emoções à flor da pele...


A vida também é feita destes acontecimentos que nos desconcertam, mas que nos ensinam a dar mais valor às pequenas coisas, aos pequenos pormenores…

Beijos e sejam felizes…

terça-feira, novembro 04, 2008

Afectos na primeira pessoa...

Somos seres de afectos, precisamos deles para sobreviver, fazem falta, exigimos a sua presença. No entanto muitas vezes somos tímidos e retraídos, fazemo-nos de fortes e excluímos ou anulamos esta parte tão importante da nossa vida.
Além dos afectos, o medo e defesa a este, fazem parte da nossa essência. Medo e afectos andam vezes demais de mãos dadas, pelo menos no meu caso. Arrisco pouco, recuo muito, talvez não sofra menos…
Não estou a fazer alusão a qualquer pormenor concreto da minha vida, mas ao todo. Sou um medricas, tenho muito receio das pessoas, da sua excessiva proximidade, daquilo que podem querer de mim além de uma simples amizade. Afasto aqueles que me amam de outra forma, além da pura amizade… não luto por quem amo verdadeiramente… E perco muito…

E porque serei assim? Costumo em jeito de brincadeira, comentar que sou assim, devido ao excesso de amor, carinho e atenção que sempre fui alvo desde pequeno, por parte da minha família, o meu “ninho de afectos”. Também poderá estar ligado ao meu egocentrismo… e quem sabe a alguma falta de confiança… O certo é que sou assim… e a mudança é complicada… mas precisa de ser realizada.

Hoje falo na primeira pessoa, acordei bem-disposto, com um “Bom dia” doce e sereno de alguém que infelizmente não sei amar… Mas curiosamente também não sei excluir ou afastar, esquisito não é?

Boa terça-feira.

Beijos e sejam felizes…

segunda-feira, novembro 03, 2008

O inferno é o vazio


Ontem deliciei-me com a homilia do Padre Jesuíta Carlos Carneiro. A propósito da celebração do dia dos Fieis Defuntos, falava ele sobre a razão da morte e da vida. Questionava o que é viver e o que é morrer. Lançava propostas de reflexões pessoais, “não interessa tanto se morremos ou não, mas sim se vivemos ou não. Interessa percebermos há quantos anos estamos mortos e não há quantos anos estamos vivos”. Questionava a ânsia de muitos de nós querermos acrescentar anos há nossa vida, perguntava “Para quê?”. A assembleia sorriu... Depois falou do medo da morte, do pânico com que encaramos a morte de alguém querido, e voltava a lançar uma questão: “temos de nos questionar será que a pessoa que morre, morre mesmo ou será que nós que vamos ao seu funeral é que muitas vezes nos encontramos mortos”, e a assembleia calou-se e os olhares cruzaram-se. Tanta questão interessante para levar para mais uma semana, a questão da vida e da morte... Concluiu a homilia com a noção de inferno e céu, não como espaço geográfico, mas sim como espaço espiritual... disse ele “na minha opinião e na opinião de alguns teólogos o Inferno existe, mas está vazio (...) a misericórdia de Deus é infinita, todos acolhe, nós temos a liberdade de escolher.” O riso foi generalizado...

Transcrevo aqui um excerto de um texto que me pareceu bastante interessante... e levo para esta semana, uma questão pertinente: “Quantos anos de morto tenho eu?”.

“Um teólogo muito citado por João Paulo II, Hans Urs von Balthasar, dizia que o inferno poderia ser um lugar vazio, pois a misericórdia de Deus é mais forte que o pecado humano.
Uma perspectiva simpática, mas que levanta outros problemas. "Em última instância, a vida humana seria um jogo aparente, porque Deus acabaria por nos salvar a todos", explica João Duque. Para os que defendem esta perspectiva, "a força dos que querem a salvação é tal que ela irradia para outros". E Deus, neste caso, pode ser uma opção implícita: "Ao agir pelo bem, a pessoa estaria a fazer, em certo sentido, uma opção por Deus."
E o que é a salvação? E quem se salva? O professor de Teologia Fundamental diz que há vários marxistas e não crentes que têm feito esta pergunta: "Devemos admitir que os algozes e vítimas da história humana fiquem assim para sempre?" Para os que fazem tal pergunta, "o julgamento da História não é suficiente, pois nunca conseguirá restituir a verdade às vítimas".
Nesse sentido, "só Deus pode trazer a verdade ao de cima", diz João Duque. Questão diferente é saber se esse reconhecimento "implica ou não uma condenação eterna". Será esta, enfim, uma questão como a de saber o sexo dos anjos? "Tudo o que é um discurso sobre o além é para estar calado", afirma o teólogo. "A única questão é o efeito que isto tem ou não sobre a vida real. Joga-se aí a perspectiva que cada um de nós tem sobre o que é ser humano."
João Duque insiste: "Se não existe possibilidade de fazer algo contra Deus, então não há verdadeira liberdade. O tempo que vivemos é o tempo em que jogamos algo de verdadeiramente importante." “

Boa semana...

Beijos e sejam felizes...

domingo, novembro 02, 2008

a nossa vez...



A nossa vez há-de chegar
A nossa voz há-de cantar
E tanto que há por dizer

As nossas mãos hão-de se unir
Não há idade para conseguir
Que o tempo fala de nós

E o mundo inteiro vai saber
Vai ouvir
O que é preciso vencer
Para cantar

Não tenhas medo do que há-de vir
Que a vida escolhe quem quer sorrir
E o vento chama para nós

E o mundo inteiro vai saber
Vai ouvir
Que é preciso amar
E vencer

E o mundo inteiro vai saber
Vai ouvir
Que é preciso amar
E vencer


Hoje acordei com esta musica… gostei…

Bom domingo…

Beijos, sejam felizes…